terça-feira, 11 de junho de 2013

SAÚDE - "A UTILIZAÇÃO DA MELATONINA CONTRA A SÍNDROME DO PÂNICO"



A síndrome do pânico é um distúrbio psicológico que provoca, na pessoa que é por ele acometida, episódios repentinos e recorrentes de forte ansiedade e medo, acompanhado de uma série de reações físicas e emocionais como pavor, nítida sensação de que vai morrer, enlouquecer, perder o controle, se manifesta através de crises de medo e terror absurdos, onde qualquer pequeno gesto pode se transformar em uma grande ameaça que paralisa o indivíduo, impedindo-o de levar sua vida adiante com qualidade e muitas vezes levando a um quadro de depressão grave. 

São sensações muito intensas e desagradáveis, que desaparecem espontaneamente após alguns minutos.


      A síndrome do pânico pode ser considerada um "mal" do nosso tempo devido a fatores como estresse, medo, violência, falta de segurança.


         A síndrome do pânico pode ter como causa um desequilíbrio na produção de neurotransmissores, o que ocorre ,mais ou menos, em uma crise de pânico:  existe uma informação incorreta alertando e preparando o organismo para uma ameaça ou perigo , que na realidade não existe. 
É como se tivéssemos um despertador que passa a tocar o alarme em horas totalmente impróprias. No caso da síndrome do pânico os neurotransmissores que se encontram em desequilíbrio são a Serotonina e a Melatonina. Muitas vezes a síndrome do pânico pode ser confundida com Fobia. 
Porém na fobia o medo está associado a uma situação ou objeto específico, como medo de serpentes ou medo de altura, por exemplo, e o desconforto é disparado quando a pessoa sente que vai entrar em contato com esse objeto específico. 
Já o episódio de Pânico ocorre repentinamente, sem nenhuma causa ou gatilho aparente, podendo ocorrer mesmo quando a pessoa está dormindo.


sexta-feira, 7 de junho de 2013

PESQUISA - "PESQUISAS AVANÇAM NA CONFIRMAÇÃO DOS EFEITOS ANTICANCERÍGENOS DA MELATONINA"


 O Instituto de Biomedicina (Ibiomed) de León-Espanha estuda à vários anos as propriedades antitumorais da melatonina. Este hormônio, produzido pela epífise, tem vários efeitos fisiológicos como a regulação dos ritmos biológicos, e também se demonstrou que possui uma grande capacidade antioxidante e de regulação da morte celular programada ou apoptose. 

Pesquisas desenvolvidas nas células tumorais de procedências diversas revelaram que, enquanto nas células sadias a melatonina inibe a apoptose, nas de origem tumoral se produz uma estimulação dos processos apoptóticos que resulta na morte das células.

O grupo de pesquisa do Ibiomed, coordenado por José Luis Mauriz e Javier González Gallego, demonstrou em trabalhos anteriores que a melatonina estimula a apoptose em células tumorais hepáticas da linha HepG2, e que este efeito está associado a um aumento na expressão dos receptores MT1 e NQO2 (localizados na membrana celular) e ROR-alpha (do núcleo), bem como a uma indução da proteína pró-apoptótica Bim através da entrada no núcleo do fator de transcrição FoxO3a.

Em um trabalho recém publicado no Britsh Journal of Cancer os pesquisadores do Ibiomed, em colaboração com a Universidade de Valencia e o Serviço de Oncologia do Hospital de León, analisaram a capacidade da melatonina de inibir a angiogênese, “um processo pelo qual se formam novos vasos sanguineos para aportar oxigênio e nutrientes às células tumorais, favorecendo assim o crescimento tumoral e o desenvolvimento da metástase”, explica à DiCYT Javier González Gallego.

Nesta pesquisa foram tratadas células tumorais hepáticas com melatonina sob condições de normoxia (quantidade normal de oxigênio) ou hipóxia (falta de oxigênio) induzida mediante cloreto de cobalto. “A menor disponibilidade de oxigênio dentro do microambiente tumoral contribui à progressão do tumor graças à liberação do fator HIF1alfa, que induz à expressão de genes como o fator de crescimento endotelial vascular (VEGF), essencial à angiogênese”, resume o pesquisador.

Nas condições de hipóxia, “a melatonina reduziu a expressão de HIF1alfa, bem como sua localização nuclear e atividade transcricional”. Do mesmo modo, “inibiu o recrutamento  do complexo transcricional formado pela HIF1alfa e os fatores de transcrição STAT3 e CBP/p300 no promotor de VEGF”. Neste sentido, o efeito anti-angiogênico da melatonina se confirmou através do ensaio de formação de tubos em células endoteliais de cordão umbilical humano (HUVEC).

Interesse no tratamento do hepatocarcinoma

O estudo, que faz parte da tese doutoral da pesquisadora do Ibiomed Sara Carbajo, enquadra-se nas linhas de pesquisa do Centro de Investigação Biomédica na Rede de Enfermidades Hepáticas e Digestivas (CIBERehd) do Instituto de Saúde Carlos III, uma rede nacional de pesquisa neste campo da qual faz parte o Instituto de Biomedicina de León.

A linha de pesquisa desenvolvida no Ibiomed revela que a utilização da melatonina poderia ser interessante, ao menos como coadjuvante, no tratamento do hepatocarcinoma, o tumor hepático de maior freqüência e o quinto com mais casos registrados no mundo. 

Referência Bibliográfica

S. Carbajo-Pescador, R. Ordoñez, M. Benet, R. Jover, A. Garcia-Palomo, J. L. Mauriz, J. Gonzalez-Gallego. "Inhibition of VEGF expression through blockade of Hif1α and STAT3 signaling mediates the anti-angiogenic effect of melatonin in HepG2 liver cancer cells" (2013). British Journal of Cancer doi: 10.1038/bjc.2013.285