sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

FÍSICA QUÂNTICA - "MÚSICA DENTRO DE MIM"


Os efeitos da música sobre o corpo humano não se limitam ao cérebro !
Acabam de ser identificados movimentos críticos para a vida humana, minúsculas vibrações, que ocorrem nas proteínas.
Tais como as cordas de um violino ou os tubos de um órgão, as proteínas no corpo humano vibram em diferentes padrões. Mas, até hoje, não se sabia se essas vibrações tinham alguma função.
Pesquisadores afirmam ter obtido agora a primeira evidência conclusiva da existência dessa "música da vida" e de sua função na manutenção dos processos biológicos
Usando uma técnica chamada microscopia de campo próximo terahertz, cientistas da Universidade de Buffalo e do Centro Médico Hauptman-Woodward (EUA) observaram pela primeira vez em detalhes as vibrações da lisozima, uma proteína antibacteriana descoberta por Alexander Fleming em 1922.

As vibrações, que se acreditava serem aleatórias e dissiparem rapidamente, na verdade persistem nas moléculas como o "toque de um sino", compara Andrea Markelz, líder do trabalho 
Música da vida !
Estes pequenos movimentos permitem que as proteínas mudem de forma rapidamente, de modo que possam ligar-se facilmente a outras proteínas, um processo que é necessário para que o corpo execute funções biológicas críticas, como a absorção de oxigênio, a reparação de células e a replicação do DNA.
A pesquisa abre as portas para uma maneira totalmente nova de estudar os processos celulares básicos que garantem e sustentam a vida.
Para observar as vibrações das proteínas, a equipe contou com uma característica interessante dessas moléculas essenciais: o fato de que elas vibram na mesma frequência que a luz que elas absorvem.
"O sistema celular é simplesmente fantástico. Você pode pensar em uma célula como uma pequena máquina que faz um monte de coisas diferentes - ela detecta, faz mais dela mesma, ela lê e replica o DNA e, para que todas essas coisas ocorram, as proteínas precisam vibrar para interagir umas com as outras," explica Markelz.

(O estudo foi publicado na revista Nature Communications.)

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

FÍSICA QUÂNTICA - "CIENTÍFICO E CONFIRMADO : UNIVERSO NÃO TEM FIM"


Uma grande pesquisa cosmológica, a “Baryon Oscillation Spectroscopic Survey (BOSS) Collaboration”, anunciou os pré-resultados do seu estudo recentemente. Mesmo faltando coletar dados de 10% das galáxias que o programa pretende examinar, seus pesquisadores dizem que já é possível fazer certas análises e chegar a uma conclusão importantíssima: a de que o universo é  infinito no tempo e no espaço.
Essa descoberta veio a partir do registro do espectro luminoso de mais de um milhão de galáxias com desvio para o vermelho de 0,2 a 0,7, indo até 6 bilhões de anos no passado do universo.
Durante a análise dos dados coletados pelo BOSS, que fazem parte do Sloan Digital Sky Survey (SDSS-III), os astrofísicos liderados pelo professor de física e astronomia Martin White, do Berkeley Lab, notaram que o universo é “plano”, ou bem próximo disso. A “curvatura” do espaço-tempo é muito pequena.
O que eles estudaram foi a densidade da matéria, e descobriram que as galáxias se reúnem aproximadamente em “esferas” (bastante exageradas na imagem acima, feita por um artista), as “oscilações acústicas bariônicas” (BAO), que se formaram nos primórdios do universo, quando a densidade era maior.
Medindo o tamanho destas esferas, e comparando com o valor previsto pela teoria, os astrônomos foram capazes de determinar com uma precisão de 1% a que distância se encontram as galáxias.
Como comenta David Schlegel, “vinte anos atrás os astrônomos estavam discutindo sobre estimativas que diferiam em 50%. Cinco anos atrás, conseguimos refinar esta incerteza a 5%. Um ano atrás ela era 2%. 1% de precisão será o padrão por um longo tempo”.
Esse dado, combinado com as medições recentes da radiação cósmica de fundo, sugere que a energia escura é uma constante cosmológica cuja força não varia com o espaço ou o tempo.
Um universo “plano” implica que o mundo experimentou uma inflação prolongada, até um decilionésimo de segundo ou mais, logo após o Big Bang. E significa também que o universo provavelmente se estende para sempre, sem ter um fim, e também se prolongará para sempre no tempo. Em resumo, os dados são consistentes com um universo infinito.
A “curvatura” do universo é a primeira dica se ele é finito ou infinito. Um universo “plano” pode expandir sem parar, com paralelas nunca se tocando, e os ângulos internos de um triângulo somando exatamente 180°.
A pesquisa BOSS continuará até junho de 2014, embora o resultado da análise dos dados atuais já tenha sido publicado.