PARIS – Os medicamentos comumente prescritos para dormir estão associados com um risco de morte quatro vezes maior, comparando com pessoas que não tomam. Eles também estão associados, para os maiores consumidores desses medicamentos, com um risco de câncer significativamente mais elevado (35%).
Os medicamentos em questão incluem a família dos benzodiazepínicos, como o diazepam, os não benzodiazepínicos, como o zolpidem, os barbitúricos e sedativos anti-histamínicos, revela um estudo publicado dia 27 de fevereiro pela revista médica “BMJ OPEN”.
O estudo da equipe da Califórnia liderada pelo Dr. Kripke foi realizado com 10.529 adultos, com idade entre 54 anos, em média, que faziam uso de ansiolíticos (medicamentos para dormir) entre janeiro de 2002 e janeiro de 2007. Eles foram comparados a um grupo de 23.676 pessoas que não faziam uso de medicação para dormir. O período de acompanhamento do estudo foi em média de 2,5 anos.
Nenhuma ligação de causa e efeito
Os pacientes que tomaram zolpidem, diazepam, e outros ansiolíticos apresentaram um risco de mortalidade de quatro vezes maior (4,6) do que aqueles que não faziam uso de nenhum desses medicamentos. Mesmo entre os pequenos consumidores (18 comprimidos por ano ou menos), o risco de morte é três vezes maior.
Os pacientes que tomaram zolpidem, diazepam, e outros ansiolíticos apresentaram um risco de mortalidade de quatro vezes maior (4,6) do que aqueles que não faziam uso de nenhum desses medicamentos. Mesmo entre os pequenos consumidores (18 comprimidos por ano ou menos), o risco de morte é três vezes maior.
Os autores reconhecem que a associação entre esses medicamentos e o risco de morte não implica necessariamente em uma ligação de causa e efeito, ainda que seu trabalho reforcem outros estudos.
Alarme
No entanto, eles dão o alarme visto o consumo desses medicamentos. “Estimamos que aproximadamente 6-10% dos adultos americanos tomaram esses medicamentos em 2010 e estas proporções podem ser ainda mais elevadas em algumas partes da Europa”, escrevem eles.
No entanto, eles dão o alarme visto o consumo desses medicamentos. “Estimamos que aproximadamente 6-10% dos adultos americanos tomaram esses medicamentos em 2010 e estas proporções podem ser ainda mais elevadas em algumas partes da Europa”, escrevem eles.
De acordo com uma estimativa, os ansiolíticos em 2010 podem estar associados a 320.000 a 507.000 mortes somente nos Estados Unidos. E mesmo se fosse apenas 10.000 mortes todos os anos, ainda seria muito, observa os autores.
Segundo o estudo, houve 265 mortes entre 4336 pacientes que fizeram uso de zolpidem, um medicamento muito prescrito, contra 295 entre os mais de 23.000 pessoas que não haviam tomado soníferos/ sedativos para dormir.
Estudos anteriores estabeleceram uma relação entre os ansiolíticos e os acidentes de carros, quedas, problemas de regurgitação do esôfago e de úlceras.
(Criasaude.com.br : 6 de março de 2012)
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