sábado, 24 de novembro de 2012

COCAÍNA E ATAQUE CARDÍACO - NOVO ESTUDO




Segundo um novo estudo da Universidade de Sydney (Austrália), usuários de cocaína, mesmo que só utilizem a droga uma vez ao mês, correm um risco muito maior de sofrer uma parada cardíaca do que as pessoas que não usam a droga.
Usuários de cocaína têm pressão arterial mais elevada, artérias mais rígidas e paredes mais espessas no músculo do coração do que não usuários, todos fatores de risco que podem causar um ataque cardíaco.

A pesquisa

Os pesquisadores usaram imagens de ressonância magnética para medir os efeitos da droga em 20 adultos saudáveis que usaram “cronicamente” a substância ilegal.
Eram 17 homens e 3 mulheres, com idade média de 37 anos, que relataram o uso de cocaína pelo menos uma vez por mês durante o ano anterior à pesquisa. Eles preencheram questionários que descreviam seus hábitos, fatores de risco cardiovascular e nível socioeconômico.
Pelo menos 48 horas após seu último uso de cocaína, os voluntários tiveram sua pressão arterial medida e passaram por exames de ressonância magnética cardíaca.
Em comparação com 20 não usuários, os que haviam abusado da cocaína tinham maiores taxas de múltiplos fatores associados com o aumento do risco de ataque cardíaco e de acidente vascular cerebral (derrame).
Por exemplo, os usuários tinham 30 a 35% mais rigidez da aorta, um aumento da pressão arterial e 18% mais espessura da parede do ventrículo esquerdo do coração.
Os efeitos combinados de maior coagulação do sangue, maior estresse no coração e aumento da constrição dos vasos sanguíneos colocam os usuários em um alto risco de ataque cardíaco espontâneo.
“Estamos repetidamente vendo jovens, indivíduos aptos, sofrerem ataques cardíacos fulminantes relacionados ao uso de cocaína”, diz a Dra. Gemma Figtree, pesquisadora do estudo. “Eles não têm conhecimento das consequências para a saúde de se usar regularmente cocaína. É a droga perfeita para um ataque cardíaco”, conclui.
O estudo australiano é o primeiro a documentar anomalias cardiovasculares em usuários de cocaína aparentemente saudáveis após os efeitos imediatos da cocaína terem passado.


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