sexta-feira, 3 de julho de 2020

FÍSICA QUÂNTICA - EXPERIMENTO PROVA INTERAÇÃO DO MUNDO QUÂNTICO COM MUNDO CLÁSSICO

Experimento mostra que não há fronteira entre mundo quântico e mundo clássico
Este é o espelho de 40 kg que balançou depois de ser "chutado" por uma flutuação quântica.
[Imagem: Caltech/MIT

Mundo sem fronteiras
 Pode ter terminado definitivamente uma busca que os físicos empreendem há décadas - a busca pela fronteira entre a mecânica quântica e a mecânica clássica.
Ocorre que pode não haver uma fronteira entre os mundos clássico e quântico - tudo o que parece haver é um campo tranquilo e contínuo. Em vez de uma muralha separando os dois reinos, tudo o que parece acontecer é que, deslizando pela escala da dimensão, as coisas vão ficando maiores e isso simplesmente as torna cada vez menos sensíveis aos efeitos quânticos. Pode ter terminado definitivamente uma busca que os físicos empreendem há décadas - a busca pela fronteira entre a mecânica quântica e a mecânica clássica.

A busca parecia muito natural porque "devia" haver um divisor de águas que marcasse a partir de que dimensão os objetos param de funcionar como o fazem na escala humana e começam a se comportar como o fazem no mundo da física quântica.
As diferenças são muito grandes, mas alguns poucos exemplos podem dar uma ideia: Você bate na porta e sua mão impacta a madeira, que lhe oferece uma resistência, com a energia sendo transformada em um pouco de aquecimento e um som de "toc toc" - no reino quântico, as partículas simplesmente tunelam, atravessando barreiras sólidas. Você joga uma pedra no lago e a pedra afunda, gerando ondas na superfície - no reino quântico, a própria "pedra" se transforma em uma onda. E, tão logo saiu da sua mão, a pedra não sofre mais nenhuma influência sua - no reino quântico, vocês poderão ficar indissociavelmente ligados. E por aí vai.
Menos sensíveis, mas não imunes - o objeto em escala macro é pouco afetado pelo fenômeno quântico, mas ainda assim sofre os efeitos, que podem ser medidos caso você disponha de equipamentos sensíveis o suficiente.
Chute quântico
Foi isto o que demonstrou a equipe dos laboratórios LIGO, nos EUA, construídos para detectar as ondas gravitacionais. Como essas ondas criam variações espaciais minúsculas, detectá-las exigiu construir alguns dos equipamentos mais sensíveis já feitos pelo ser humano, capazes de detectar uma variação de tamanho na escala de um milésimo do diâmetro de um próton. Isso é feito monitorando o tempo que um feixe de laser leva para percorrer os longos túneis do laboratório depois de se refletir em um espelho quase perfeito.
A equipe então usou essa capacidade de medição para monitorar o espelho e ver se ele poderia ser influenciado pelo efeito das flutuações quânticas, que permeiam tudo no Universo, incluindo o vácuo.
E sim, a flutuação quântica deu um pequeno "chute" no superfície de cristal, fazendo o espelho de 40 quilogramas mover-se ligeiramente - muito pouco, é certo, mas o suficiente para que o balanço induzido no espelho fosse medido.
Mais especificamente, o espelho moveu-se 10-20 metros, jogando por terra teorias que propunham que algo deveria suprimir os efeitos quânticos sobre o mundo clássico.
"Um átomo de hidrogênio tem 10-10 metros, então esse deslocamento dos espelhos está para um átomo de hidrogênio assim como um átomo de hidrogênio está para nós - e nós medimos isso," comemorou o físico Lee McCuller.
Experimento mostra que não há fronteira entre mundo quântico e mundo clássico
Nesse mundo de medições ultraprecisas, outro experimento recentemente parou o tempo e mudou a definição da luz.

[Imagem: University of Konstanz]
Espremedor de luz
Para fazer a medição, os pesquisadores usaram um instrumento especial que eles projetaram, chamado "espremedor quântico", para "manipular o ruído quântico do detector e reduzir seus chutes nos espelhos, de uma maneira que poderá ser usada para melhorar a sensibilidade do LIGO na detecção de ondas gravitacionais," explicou Haocun Yu, principal responsável pela medição.
"O que há de especial nesse experimento é que vimos efeitos quânticos em algo tão grande quanto um ser humano," comentou o professor Nergis Mavalvala.
"Nós também, todos os nanossegundos de nossa existência, estamos sendo chutados, afetados por essas flutuações quânticas. É apenas que o tremor da nossa existência, nossa energia térmica, é muito grande para que essas flutuações quânticas do vácuo afetem nosso movimento de maneira mensurável. Com os espelhos do LIGO, fizemos todo esse trabalho para isolá-los do movimento induzido termicamente e por outras forças, de forma que eles estão agora parados o suficiente para serem chutados pelas flutuações quânticas e por esse pipocar assustador do Universo," completou Mavalvala.
Limite quântico
Os laboratórios LIGO - são dois - têm um formato de L, com os braços formados por túneis com quatro quilômetros de extensão.
Para detectar uma onda gravitacional, um laser localizado na entrada do interferômetro envia um feixe de luz em cada túnel do detector. No fim de cada túnel há um espelho, onde o laser se reflete e retorna ao seu ponto de partida.
Na ausência de uma onda gravitacional, os lasers devem retornar no mesmo tempo exato. Se uma onda gravitacional passar, ela poderá perturbar ligeiramente a posição dos espelhos e, portanto, os tempos de chegada dos lasers. Assim, detectar a passagem de uma onda gravitacional é mais uma questão de medir diferenças de tempo do que de distância.
Ao usar luz compactada - o tal "espremedor quântico" - para reduzir o ruído quântico na medição, a equipe fez uma medição mais precisa do que o limite quântico padrão, reduzindo esse ruído de uma maneira que acabará por ajudar o LIGO a detectar fontes mais fracas e mais distantes de ondas gravitacionais.
 ( Site Inovação Tecnológica )
Bibliografia:


Artigo: Quantum correlations between light and the kilogram-mass mirrors of LIGO

Autores: Haocun Yu, L. McCuller, M. Tse, N. Kijbunchoo, L. Barsotti, N. Mavalvala, LIGO Scientific Collaboration
Revista: Nature
Vol.: 583, pages 43-47


sexta-feira, 1 de maio de 2020

PESQUISA - PANDEMIAS VIRAIS E A IMPORTÂNCIA DA HIGIENE BUCAL



Afirmar que a boa higiene pessoal nos protege contra o contágio de vírus e bactérias é fato inquestionável !
Usar máscaras, lavar as mãos com sabão para destruir a camada de gordura que envolve o vírus SARS 2, ou covid 19 (e outros), esfregar álcool 70% que tem volatização lenta e não levar mãos ao rosto, nariz, boca e olhos, são recomendações básicas e efetivas para que esta pandemia não saia do controle por tempo indeterminado, assim como evitar aglomerações desnecessárias, sempre que possível.
Oque não está sendo veiculado, mesmo porquê o desconhecimento sobre o assunto é grande, mesmo entre os profissionais da área da saúde, é a grande necessidade da boa higiene bucal diária !
Porta de entrada para infecções desta natureza, nosso trato respiratório superior, composto pela boca, faringe e finalmente os pulmões (onde então a infecção prolifera e desafia nosso já tão desgastado sistema imunológico) requer de nossa parte cuidados diários, pois ali também podemos evitar o contágio inicial, e antes disto, disseminar esta informação para que todos atentem para esta porta de entrada viral, e de que forma, simples mas efetiva, podemos fazer mais uma vez, com que informações científicas salvem vidas !
Artigo recente* (A Odontologia e seu papel fundamental na prevenção da disseminação e agravos da epidemia do coronavírus) da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto da USP, traça uma relação entre má higiene bucal e infecções virais, notadamente as provenientes por aspiração, e suas complicações pulmonares e suas comorbidades. O foco da publicação é a pandemia pelo covid 19 !
De pouco conhecimento são as complexas redes de biofilmes que permeiam nosso organismo.
Feitos de material extracelular, são comunidades de micro-organismos nocivos quando em disfunção, envoltas por substâncias, principalmente açúcares, produzidas pelas próprias bactérias e vírus, que mantêm sob proteção esta comunidade, contra o efeito de antibióticos, ou agentes químicos utilizados para o combate das mesmas; vivem em coletividade, e tiram proveito disto para proliferação e defesa individual e coletiva; funcionam também como veículo de proliferação, e daí o alerta oportuno !
Evidências científicas* mostram que pneumonias por aspiração tem sua etiologia e evolução nos biofilmes da boca, em ecossistemas que envolvem a cavidade bucal, tecidos periodontais dos dentes e dorso da língua. Daí a necessidade de assepsia metódica e diária !
Bactérias bucais representam grande perigo e ameaça ao organismo, sendo inclusive encontradas em ossos de pessoas com osteopenia/osteoporose, podem ser responsáveis por alterações na gravidez, complicações cardíacas e vasculares e dificuldades no controle da glicemia em pacientes diabéticos. Assim, pessoas nessas situações devem redobrar este tipo de cuidado !
Depois de feita a assepsia das mãos, com água e sabão, e/ou álcool gel 70%, vamos então higienizar a cavidade oral, o dorso da língua, com limpadores linguais ou escovação, a utilização do fio dental, escovação sempre com escovas de cerda branca, para eventual observação de sangramento gengival, utilizar um enxaguante bucal, para que o biofilme bucal e sua estrutura seja enfraquecido ou eliminado em sua malignidade
Importante lembrar a necessidade de troca da escova periodicamente, e fazer uso individual deste material !
Acreditamos nas medidas de prevenção preconizadas pela OMS, assim como no final desta pandemia e de todos os inconvenientes dela resultantes, e enquanto aguardamos uma vacina ou medicamentos efetivos na cura ou controle do vírus, façamos nossa parte, tanto em nossa higienização corporal diária, assim como em nossos estudos e pesquisas, que em muitas das vezes representam a preservação de nossas vidas e do próximo !
Divulguem !

*https://www.forp.usp.br/?p=6296


Miguel Galli / Terapeuta


terça-feira, 11 de setembro de 2018

SAÚDE - "PERDER PESO USANDO A INTELIGÊNCIA"





Nos dias atuais, perder peso não é uma tarefa simples.

“Há tanta comida saborosa, abundante e na sua cara o tempo todo. Para mim, é um milagre que as pessoas não estejam mais pesadas do que são”, opina o Dr. Meir Stampfer, professor de epidemiologia e nutrição da Universidade de Harvard (EUA).

Além da abundância de alimentos, a maioria das pessoas também tem um estilo de vida muito mais sedentário do que as gerações passadas. “Mesmo pessoas ativas que se exercitam bastante não gastam as mesmas calorias que seus ancestrais gastavam”, explica o professor.

Portanto, embora pareça fácil na teoria, reduzir a ingestão de calorias é um desafio na prática. Mais difícil ainda é manter essa perda, o que é particularmente verdadeiro para mulheres após a menopausa.

“Quando as pessoas envelhecem, torna-se mais complicado dissipar a energia dos alimentos. Elas precisam modificar seus hábitos alimentares, seguir padrões mais saudáveis. É um desafio mudar quaisquer hábitos”, esclarece o Dr. Lu Qi, também professor de nutrição de Harvard.

Hoje, comida não significa apenas sustento. Comer é uma fonte de gratificação; é uma atividade social; é uma recompensa.
É por isso que muitas dietas funcionam a curto prazo, mas falham ao longo do tempo. “Muitas dietas são uma mudança radical do que as pessoas normalmente comem, e isso não é sustentável”, defende Stampfer.

De pouco em pouco é que se chega longe. Confira algumas estratégias que podem ajudá-lo a eliminar o excesso de peso de maneira saudável :

Não faça dieta; melhore sua dieta

Não se concentre apenas na perda de peso. Foque na saúde em geral. Siga uma dieta rica em frutas, vegetais e gorduras saudáveis.

“Mesmo hoje, depois de todos os dados que temos, as pessoas ainda pensam que comer gordura as engorda e tentam encontrar produtos com baixo teor de gordura. Comer gordura não engorda. Há bons estudos que mostram que a ingestão de gorduras saudáveis ajuda as pessoas a controlarem seu peso melhor do que excluí-las da dieta”, esclarece Stampfer.

Acima de tudo, a escolha de uma dieta sustentável voltada para a saúde e não apenas para o peso pode ajudá-lo a obter melhorias duradouras. “Adote um regime saudável e coma um pouco menos”, sugere Stampfer.
Exercite-se regularmente

Esse é o conselho mais conhecido, mas não pode deixar de ser compartilhado. Aumentar o nível de atividade física pode ajudar a manter o peso. “Para a maioria das pessoas, o controle de peso a longo prazo é difícil sem alguma atividade física”, afirma Stampfer.

O metabolismo diminui com a idade, o que significa que você queima menos calorias para manter as funções básicas do corpo funcionando. Ao mesmo tempo, a massa óssea e muscular diminuem e a massa gorda aumenta. Esse padrão acontece naturalmente, a menos que você tome medidas para evitá-lo.

“Sou um forte defensor não só da atividade aeróbica, mas também da musculação e da ginástica calistênica. A construção muscular não só pode melhorar a taxa metabólica do seu corpo, como também trazer seus próprios benefícios de saúde distintos que muitas vezes não são tão bem apreciados quanto aqueles associados à atividade aeróbica”, explica.
Tente diferentes estratégias

Diferentes dietas funcionam para pessoas diferentes. Encontrar a estratégia certa para você depende de tentativa e erro.
Por exemplo, você pode experimentar uma abordagem promissora conhecida como “comer com atenção”. Isso significa que, toda vez que você for comer, deve parar tudo o que está fazendo e realmente se concentrar e desfrutar da sua comida.

“A evidência científica a meu ver é escassa, mas gosto do conceito. Todos já tivemos a experiência de comer um prato de algo e nem sequer lembrar de ter comido”, argumenta Stampfer.

Outro truque simples é soltar o garfo entre mordidas, em vez de segurá-lo nas mãos. 

Pequenas atitudes como essa fazem as pessoas comerem menos. Pesquise e dê uma chance a várias abordagens para saber qual combina com você !

Persevere

Todo mundo sabe que perder peso é realmente difícil. Simplesmente não desista. A cada dia, comprometa-se a comer um pouco menos.

Se você desviar do caminho, não se preocupe. Volte a se comprometer no dia seguinte e continue nele ao longo do tempo. 

O sucesso virá, a menos que você decida que falhou precocemente.

sexta-feira, 23 de março de 2018

ALERTA - "SEIS SINAIS EXTERNOS DE PROBLEMAS CARDÍACOS"







As doenças cardiovasculares são a principal causa de
morte no mundo todo.
Infelizmente, o primeiro sinal que muitas pessoas têm de que
seu coração não está em boas condições é quando sofrem um ataque cardíaco.
 De acordo com o Ministério da Saúde, no Brasil, 300 mil pessoas
sofrem infartos todos os anos. Em 30% dos casos,
 o ataque cardíaco é fatal.

Embora seja impossível detectar sozinho todos os alertas
que indicam que você tem um problema no coração, existem
alguns sinais visíveis e externos que podem prever um
futuro evento cardíaco.
Tenha em mente de que os sintomas da lista abaixo também
podem ter causas benignas. Se você estiver preocupado com
 sua saúde ou em dúvida, deve procurar um médico para
obter uma opinião especializada.

1. Sinais de Frank


Um desses indicadores externos é o aparecimento de pregas 
diagonais nos lóbulos das orelhas, conhecidas como “sinais de Frank”,
 em homenagem a Sanders Frank, o médico americano que as 
descreveu pela primeira vez.

Mais de 40 estudos científicos demonstraram que há uma associação
 entre essas pregas na orelha e o risco aumentado de aterosclerose,
uma doença em que placas se acumulam dentro das artérias.
Não está claro qual é a causa da associação, mas pode ser que
as duas condições tenham uma origem embriológica compartilhada.
Mais recentemente, algumas pesquisas notaram que estas
 pregas também podem ter ligação com doença cerebrovascular,
 uma condição que afeta os vasos sanguíneos no cérebro.

2. Xantomas


Outro indicador externo de problemas cardíacos são os xantomas, 
saliências gordurosas e amareladas que podem aparecer nos
 cotovelos, joelhos, nádegas ou pálpebras. São espécies de 
“tumores benignos”, ou seja, inofensivos, mas podem ser um 
sinal de problemas maiores.

Os xantomas são mais comumente vistos em pessoas com uma
doença genética chamada hipercolesterolemia familiar.
 Indivíduos com essa condição têm níveis excepcionalmente
altos de LDL (lipoproteína de baixa densidade), o chamado
 “colesterol ruim”. Os níveis deste colesterol são tão altos
 que se depositam na pele. Infelizmente, esses depósitos de
gordura também podem se acumular nas artérias que
suprem o coração.
O mecanismo que causa esses depósitos de gordura nos
tecidos ocupa um lugar icônico na medicina, pois levou
ao desenvolvimento de um dos grupos de drogas que
reduzem o colesterol: as estatinas.

3. Hipocratismo digital


Um fenômeno conhecido como hipocratismo ou baqueteamento
 digital também pode ser um sinal de que nem tudo está
 bem com o seu coração.

Nele, as unhas mudam de forma, tornando-se mais grossas e
 largas, devido à produção de mais tecido.
A mudança geralmente é indolor e acontece nas duas mãos.
 Isso pode ocorrer porque o sangue oxigenado não
atinge os dedos adequadamente, de forma que células
produzem um “fator” que promove o crescimento
para tentar corrigir o problema.
Esse sintoma médico foi descrito pela primeira vez por
Hipócrates, no século V aC. É por isso que é às vezes
 chamado de “dedos hipocráticos”.

4. Arcos senis


Depósitos de gordura nos olhos, chamados de “arcos senis”, 
também podem podem indicar problemas cardíacos.

Esses arcos começam na parte superior e inferior da íris,
até progredir para formar um anel completo.
Não interferem na visão.
Cerca de 45% das pessoas com mais de 40 anos têm esse halo de 
gordura ao redor da íris, aumentando para cerca de 70% nas 
pessoas com mais de 60 anos.
A presença desse anel gorduroso tem sido associada a alguns dos 
fatores de risco para doença coronariana.

5. Dentes e gengivas podres


O estado da sua saúde bucal também pode ser um bom 
indicador do estado da sua saúde cardiovascular.

A boca é cheia de bactérias, boas e ruins. As bactérias “ruins”
podem entrar na corrente sanguínea pela boca e causar
inflamação nos vasos sanguíneos, o que por sua vez pode levar a doenças cardiovasculares.
Estudos mostraram que perda dentária e gengivas
 inflamadas (periodontite) são marcadores de doença cardíaca.

6. Lábios azuis


Outro indicador de saúde é a cor dos seus lábios.

Os lábios geralmente são vermelhos, mas podem assumir uma
coloração azulada (cianose) em pessoas com problemas cardíacos,
quando o sistema cardiovascular falha em liberar sangue
oxigenado para os tecidos.
Naturalmente, as pessoas também podem ficar com os lábios azuis
quando estão com muito frio ou em altitude elevada.
Nesses casos, a “boca roxa” provavelmente é devida a uma falta
temporária de oxigênio, e deve retornar ao normal rapidamente. 

https://hypescience.com

quarta-feira, 14 de março de 2018

PESQUISA - "JEJUM INTERMITENTE, A CURA"


Pesquisadores conseguiram reverter sintomas de diabetes e restaurar o funcionamento do pâncreas em ratos ao colocá-los em dietas que imitam o jejum. O estudo foi publicado na revista Cell de fevereiro de 2017.

Esta dieta que dura cinco dias por mês engana o corpo para que ele acredite que está em jejum, “reiniciando” as funções de alguns órgãos e restaurando a produção de insulina, dizem os cientistas.

A vantagem dessa dieta em relação ao jejum tradicional é que o corpo continua recebendo nutrientes, proteína e pequena quantidade de energia.

O estudo foi conduzido pelo pesquisador Valter Longo e sua equipe da Universidade do Sul da Califórnia. Vale lembrar que tanto a universidade quanto Longo são os fundadores do L-Nutra, empresa de produtos alimentares para essa dieta que imita o jejum.

No estudo, a equipe de pesquisadores observou que a dieta reverteu os sintomas dos dois tipos de diabetes em ratos. “Ao forçar o organismo do rato para um estado extremo e depois trazê-lo de volta, as células no pâncreas passam a se reprogramar”, afirma Longo.

Já nos seres humanos, segundo a equipe, esta dieta ajuda na perda de peso e na redução de problemas cardíacos, câncer e até os sintomas de Esclerose Múltipla.
Neste estudo mais recente, os ratos foram colocados na dieta especial por quatro dias a cada semana, por vários meses. 

O resultado observado foi que as células beta do pâncreas foram regeneradas, armazenando e liberando insulina de forma normal.
Os pesquisadores também simularam a dieta em células pancreáticas humanas de doadores com diabetes tipo II. Neste caso, o jejum simulado também causou a normalização da insulina e da proteína Ngn3, necessária para o funcionamento normal do pâncreas.

Apesar de oferecer ótimos resultados, não devemos nos precipitar. Por enquanto, os testes foram feitos apenas em ratos e em células humanas em laboratório, e os pesquisadores alertam as pessoas para que não tentem reproduzir esta dieta em casa para tratar o diabetes.

Esta dieta deve ser feita sob medida para as necessidades de cada paciente, para que o médico possa medir os níveis de calorias e tipos de alimentos que devem ser ingeridos.

A próxima etapa do estudo é realizar estudos em humanos. “O mais interessante é que esse sistema provavelmente sempre existiu.

 Agora que o descobrimos, podemos achar formas de trabalhar com ele e usá-lo para o benefício da saúde humana”, afirma o pesquisador.

segunda-feira, 12 de março de 2018

COMPORTAMENTO - "SUICÍDIO DE ADOLESCENTES DESPENCA DEPOIS DA LIBERAÇÃO DE CASAMENTO ENTRE PESSOAS DO MESMO SEXO NOS EUA"

A legalização do casamento de pessoas do mesmo sexo influencia diretamente na queda do suicídio entre adolescentes, segundo estudo recém-publicado. 

A última pesquisa que examina o impacto que a política tem na saúde de jovens descobriu que os efeitos não são apenas observados entre aqueles que se identificam como LGBTT, mas também nos adolescentes em geral.

O estudo foi publicado na revista JAMA Pediatrics, e investigou como a legalização do casamento de pessoas do mesmo sexo em 32 dos 35 estados norte-americanos que reconhecem a união impactou nas taxas de suicídio de 760 mil alunos entre os anos de 1999 e 2015.

 O resultado foi comparado com os 15 estados que ainda não legalizaram o casamento.

A conclusão foi que a taxa de suicídio caiu 7% entre todos os alunos dos estados em que há legalização, e 14% entre os alunos LGBTT.

“Estes são alunos do Ensino Médio, eles não vão casar tão cedo, em sua maioria”, explica Julia Raifmann, a pesquisadora principal. “Ainda assim, o casamento do mesmo sexo reduz o estigma associado com a orientação sexual. 

Provavelmente está relacionado com os direitos iguais – mesmo que eles não tenham planos imediatos de usá-los – que faz os alunos sentirem-se menos estigmatizados e mais esperançosos em relação ao futuro”.

O suicídio é reconhecido como a ameaça mais significativa entre adolescentes, e atualmente é a segunda maior causa de morte entre pessoas entre 15 e 24 anos. O problema normalmente aumenta entre aqueles que se identificam como LGBTT.

 29% das tentativas de suicídio registradas em 2016 foram deste grupo, enquanto 6% foram entre adolescentes heterossexuais.
Acredita-se que as atitudes negativas dirigidas às pessoas LGBTT é o que causa este comportamento, colocando os adolescentes que assim se identificam em um perigo maior de sofrer violência do que quando comparado com adolescentes hétero.

 A violência inclui bullying e assédio e até ataques físicos. 

Jovens que vêm de famílias que os rejeitam são 8.4 vezes mais propensos a cometer suicídio do que aqueles que têm famílias que os aceitam.

É importante destacar o número de suicídios é mínimo quando comparado com o número de pessoas que têm sua qualidade de vida impactada pela violência e discriminação. Ou seja, a taxa de suicídios é apenas um termômetro para avaliar as consequências da intolerância para este grupo.

Enquanto houve uma diminuição clara na taxa de suicídio entre adolescentes nesses estados que legalizaram o casamento entre pessoas do mesmo sexo, os pesquisadores não sabem apontar exatamente se os resultados são causados pelas campanhas políticas que cercam a legalização ou pela lei em si.

“Podemos concordar que reduzir a taxa de tentativa de suicídio entre adolescentes é uma coisa boa, independente das nossas visões políticas. 

Os legisladores precisam entender que leis relacionadas aos direitos das minorias sexuais podem ter efeito real na saúde mental dos adolescentes. 

As políticas do topo podem ditar tanto de forma positiva quanto negativa o que acontece na base”, argumenta a pesquisadora. 


https://hypescience.com

PESQUISA - "PARKINSON E ALZHEIMER E O PAPEL DOS INTESTINOS"

Primeiro Parkinson, agora Alzheimer

Uma pesquisa feita na Universidade de Lund (Suécia) deu suporte à hipótese de que as bactérias intestinais aceleram o desenvolvimento da doença de Alzheimer.

conexão entre as bactérias intestinais e a doença de Parkinson já está bem estabelecida, o que levou os pesquisadores a estudar também a conexão com o Alzheimer - hoje já se sabe que o intestino parece formar um "segundo cérebro", tamanha é sua conexão com o sistema nervoso.

Como as nossas bactérias comensais têm um grande impacto sobre nossa saúde geral, sobretudo através de interações entre o sistema imunológico, a mucosa intestinal e a nossa dieta, a composição da microbiota intestinal passou a ser de grande interesse para as pesquisas sobre doenças neurológicas e neurodegenerativas.

A composição da nossa microbiota intestinal depende de quais bactérias recebemos no nascimento, dos nossos genes e da nossa dieta.

Bactérias intestinas e Alzheimer

Ao estudar camundongos saudáveis e doentes, os pesquisadores descobriram que os camundongos que sofrem de Alzheimer têm uma composição de bactérias intestinais diferente.

A equipe também estudou a doença de Alzheimer em camundongos completamente livres de bactérias, para testar ainda melhor a relação entre as bactérias intestinais e a doença.

 Os camundongos sem bactérias apresentaram uma quantidade significativamente menor de placas beta-amiloides no cérebro.

Para esclarecer a conexão entre a flora intestinal e a ocorrência da doença neurológica, os pesquisadores então transferiram bactérias intestinais de camundongos doentes para camundongos sem germes e constataram que estes últimos desenvolveram mais placas beta-amiloides no cérebro em comparação com o grupo que recebeu bactérias de animais saudáveis.

"Nosso estudo é único porque mostra um nexo causal direto entre as bactérias intestinais e a doença de Alzheimer. É marcante que os camundongos completamente livres de bactérias desenvolvam muito menos placas no cérebro," disse a pesquisadora Frida Fak Hallenius.

Dieta e probióticos

Os pesquisadores pretendem agora testar novos tipos de estratégias preventivas e terapêuticas contra o Alzheimer com base na modulação da microbiota intestinal através da dieta e de novos tipos de probióticos.

"Os resultados significam que agora podemos começar a pesquisar maneiras de prevenir a doença e retardar sua manifestação.

 Consideramos que este é um grande avanço, já que até agora só podemos administrar medicamentos antirretrovirais que aliviam os sintomas," finalizou Hallenius.

http://www.diariodasaude.com.br/

domingo, 11 de março de 2018

EPIGENÉTICA - "AMBIENTES NATURAIS MELHORAM A AUTO ESTIMA"


Já se sabia que o ambiente natural tem um efeito benéfico e a exposição a ambientes naturais também pode promover a imagem corporal positiva, que envolve o respeito pelo corpo e a rejeição de ideias rígidas em torno da própria aparência.

Isto ficou demonstrado em cinco experimentos separados realizados por pesquisadores da Universidade Anglia Ruskin (Reino Unido), Universidade Perdana (Malásia) e Universidade College de Londres.

Experimentos

Em três experimentos, usando diferentes estratégias e técnicas de medição, estudantes universitários observaram fotografias de ambientes naturais e construídos pelo homem e depois tiveram sua autoimagem corporal avaliada.

Os resultados mostraram que a exposição a imagens de ambientes naturais, mas não dos ambientes construídos, resultou em uma melhor imagem corporal - ou seja, talvez mudar alguns quadros em sua casa possa fazer a diferença.

Um quarto experimento envolveu membros do público que caminhavam por lazer em ambientes naturais e construídos, enquanto o experimento final envolveu participantes recrutados quando estavam entrando em um parque. Ambos os testes indicaram que passar um tempo em um ambiente natural resulta em uma valorização corporal significativamente maior do que em um ambiente construído.

Deslumbramento e pertencimento

"Há várias razões pelas quais a exposição à natureza pode ter esse efeito na imagem corporal positiva. Pode ser que ela distancie as pessoas, física e mentalmente, de situações focadas na aparência, que são uma das causas da imagem corporal negativa.

"Também é possível que a exposição a ambientes com profundidade e complexidade restrinjam os pensamentos negativos relacionados com a aparência.

 Mais especificamente, os ambientes naturais mantêm sua atenção sem esforço - um processo conhecido como 'fascínio suave'. Isso geralmente é acompanhado por sentimentos de prazer, como quando você é atraído pela visão do sol se pondo.

"Um ambiente que não exige atenção total pode proporcionar às pessoas uma quietude cognitiva, o que, por sua vez, pode favorecer a autocompaixão, como respeitar seu corpo e valorizá-lo como parte de um ecossistema mais amplo que requer proteção e cuidado.

"O acesso à natureza também pode significar que os indivíduos gastam mais tempo ao ar livre se envolvendo em atividades que focalizam a atenção na funcionalidade do corpo, em vez de na estética," comentou o professor Viren Swami, principal autor do estudo, publicado na revista Body Image.