terça-feira, 22 de maio de 2012

PESQUISA - "EVITE DOCES"


Opa...

Os conselhos maternos nunca se mostraram tão fiéis à realidade quanto agora. Sabe aquele aviso de nunca exagerar nos doces? Atualmente, cientistas descobriram motivos de sobra para você abdicar dessas delícias. Caso contrário, até suas habilidades cognitivas de memória e aprendizado podem ser prejudicadas.
Segundo recente pesquisa da Universidade da Califórnia (UCLA, na sigla em inglês), em Los Angeles, Estados Unidos, ingerir açúcar prejudica as ligações entre os neurônios (as sinapses nervosas, no jargão científico) e, portanto, também as habilidades cognitivas, que ficam mais lentas.
O resultado foi obtido pelo médico Fernando Gomez-Pinilla, da UCLA, por meio de testes com ratos. O cientista separou os ratos em dois grupos: o primeiro recebeu melado de milho e ração, e o segundo, ração e óleo de linhaça.
Frutose X ômega-3
Gomez-Pinilla explica que fez uso do melado de milho por ele ser rico em frutose, açúcar presente em diferentes tipos de alimentos que consumimos o tempo todo. Só nos Estados Unidos, cada ianque consome 18 quilogramas da substância por ano, aproximadamente.
E o cientista conta que optou por fornecer ao segundo grupo óleo de linhaça pelo produto ser rico em ômega-3, especialmente ácido graxo DHA (ácido Docohexaenóico), o qual é essencial para a função das sinapses, mas não é produzido por nosso organismo.
Mas antes de modificar a dieta dos ratos, eles foram treinados duas vezes por dia em um labirinto, durante cinco dias. O cientista avaliou quão bem os ratos poderiam percorrer o labirinto. Seis semanas depois, eles foram testados novamente, para verificar as habilidades cognitivas utilizadas para percorrer a rota do labirinto.
Resultado: o segundo grupo percorreu o labirinto muito mais rapidamente.
Os que receberam a frutose foram mais lentos e mostraram um declínio na atividade sináptica. Seus neurônios tiveram problemas na transmissão de mensagens e suas habilidades de pensar claramente e de lembrar foram prejudicadas.
Mais: eles mostraram sinais claros de resistência à insulina, que além de controlar o nível de açúcar no sangue, também regula as funções sinápticas do cérebro. De acordo com Gomez-Pinilla, os níveis de frutose podem ter bloqueado a habilidade da insulina de regular como as células usam e armazenam o açúcar. 
Que tal pular o chocolate hoje?

segunda-feira, 7 de maio de 2012

COMPORTAMENTO - "5 MOTIVOS PARA FICAR EM SILÊNCIO"



Fones de ouvido o dia inteiro, o barulho do trânsito, televisores espalhados nos restaurantes: é fato que vivemos com uma mentalidade predominante de que o silêncio não é bem-vindo. Engatamos um assunto no outro, sem prestar atenção na conversa, sem ouvir, apenas esperando nossa vez de falar, só para que o silêncio não venha.

A maioria das pessoas evita o chamado silêncio constrangedor. "Além disso, os tempos atuais praticamente nos obrigam a fazer tudo ao mesmo tempo, acabamos com o ruído de várias tarefas, sem poder direcionar nossa mente tranquila a uma atividade de cada vez", diz o terapeuta holístico Walter Alexandre. Realizar as tarefas com mais consciência e concentração é só mais um dos benefícios que a quietude proporciona. Mais do que isso o silêncio também é uma de autoconhecimento. Conheça mais motivos para ficar calado. 
silêncio
1. Há momentos em que só o silêncio comunica 

Como bem diz a tradução da música Enjoy the Silence, do grupo inglês Depeche Mode, "emoções são intensas e palavras são banais". Não somos capazes de exprimir todos os nossos sentimentos em palavras. Isso ocorre não por não sabermos o que estamos sentindo, mas porque a linguagem não dá conta de exprimir toda a gama de sensações e mistura de pensamentos de algumas situações. Respeite os momentos em que não houver nada para ser dito, mas não se esqueça de compartilhar o silêncio. "É possível estar em silêncio e bem acompanhado, pois o olhar, o toque e os gestos podem dizer muito mais que palavras jogadas ao vento", de acordo com Walter.  
2. Conheça melhor o outro

Ao estarmos quietos com o outro, se cria uma superfície de contado com o silêncio inconsciente. "O silêncio interno, ou seja, o estar atento, é fundamental para ouvirmos melhor o outro e também para deixar que o outro fale por si, sem ser conduzido pela interpelação do nosso raciocínio. Este é o verdadeiro ouvir: respeitar o silêncio", diz a psicanalista Karin Szapiro. 
silêncio
3. Conheça melhor a si mesmo

"O silêncio é essencial para a reflexão", diz o terapeuta Walter Alexandre. E só refletindo que podemos compreender situações pelas quais passamos e nossas atitudes diante delas - ou seja, o silêncio pode ser um ótimo terapeuta. Quem não é capaz de refletir, também jamais conseguirá evoluir. Assim, a pessoa vai convivendo com os mesmos erros e perpetuando mágoa atrás de mágoa em sua vida.

"Escolha um lugar em que se sinta a vontade para se desliguar do mundo por alguns instantes. Repense como foi seu dia, desde o momento em que você acordou. Você encontrará mais do que situações em que se sentiu injustiçado ou azarento, pois vai exercitar a capacidade de pensar maneiras mais adequadas de lidar com aquela situação estressante", diz Walter. 
4. Valorize os assuntos relevantes

Quando buscamos eliminar o silêncio a todo custo, tendemos a preencher um vazio que habita nossa personalidade. Assim, pode-se perceber um sintoma nítido: fala-se muito sobre coisas fúteis e os assuntos importantes provocam aquele constrangimento e ficam de lado. Quantas vezes você não se deparou com a seguinte situação: em uma roda de conhecidos, quando surge um assunto polêmico e muita gente fica sem graça na hora e até pede para que mudem de assunto? Assim, discussões importantes ficam de lado e problemas ancestrais nunca serão resolvidos - pois o maior segredo para resolver uma situação é falar sobre ela.

Isso vale também para os relacionamentos, é a famosa regra do diálogo, por mais que pareça clichê. "Manter o entusiasmo inicial no relacionamento requer a conversa para que ambos exponham não só suas insatisfações, mas também a admiração pelo parceiro, fundamental em qualquer relação", diz a psicóloga Margareth dos Reis.  
5. Combata o estresse

O barulho perturba muito mais do que aquele silêncio inquietante, pois não é natural, mas sim provocado pelos inúmeros aparelhos que o homem criou. "O ruído além de gerar estresse, hipertensão, problemas cardiovasculares e alterações pulmonares, provoca um aumento na secreção de adrenalina, que conduz a uma hiperexcitação capaz de gerar comportamentos estranhos nos indivíduos", diz o terapeuta holístico Walter Alexandre.

Diante dessa exposição inevitável do dia a dia, o segredo é aprender a relaxar até nos lugares mais inusitados, como no trânsito ou na fila do banco. "Ao relaxarmos a mente, fazemos com que ela fique tranquila mesmo com os ruídos lá fora. Nesse momento do relaxamento, nosso cérebro deixa de dar atenção ao barulho, diminuindo o estresse e ansiedade", diz Walter. Para relaxar, basta sentar ou deitar num lugar calmo e respirar profundamente várias vezes. Nessa hora, é importante dar um comando mental para que todos os problemas da vida fiquem do lado de fora.  
POR ANA MARIA MADEIRA