segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

PESQUISA - "PESSIMISTAS PODERÃO DESENVOLVER ALZHEIMER NA VELHICE"

(Becca Levy)

Cientistas americanos descobriram que pensamentos pessimistas em relação à velhice podem aumentar suas chances de desenvolver a doença de Alzheimer.
Acredite, o medo de envelhecer pode fazer com que você enfrente algumas dificuldades quando esse tempo chegar ! É o que constatou uma pesquisa realizada por cientistas do Yale School of Public Health, nos EUA.
Foi comprovado que pessoas que acreditam que a velhice é um dos piores momentos da vida têm mais chances de desenvolver a doença de Alzheimer. Isso acontece porque essas pessoas que possuem pensamentos negativos em relação à velhice têm seu hipocampo reduzido com o passar dos anos.
A comprovação foi feita através de ressonâncias magnéticas no cérebro de voluntários saudáveis, que se sentiam ou não pessimistas quanto à chegada da idade. A redução do hipocampo é um dos primeiros fatores da doença de Alzheimer.
Para os pesquisadores está é, na verdade, uma boa notícia, visto que é possível mudar esse pensamento nas pessoas e fazê-las encarar a terceira idade sem complicações. Para Becca Levy, cientista responsável pela pesquisa, “apesar de a descoberta ser preocupante, é esperançoso saber que essas crenças negativas podem ser revertidas e que podemos ativamente reforçar as crenças positivas. Isso é bom”.
De http://alzheimer360.com/

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quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

PESQUISA - "O APÊNDICE E O SISTEMA IMUNOLÓGICO"


 Um órgão bem conhecido, mas largamente desprezado, pode estar prestes a mudar de categoria.

O apêndice humano, uma bolsa estreita que se projeta fora do ceco no sistema digestório, tem uma má reputação por sua tendência a se inflamar (apendicite), muitas vezes exigindo remoção cirúrgica.

Embora os cientistas o descrevam como um órgão residual, com função pouco conhecida e que a evolução estaria se incumbindo de fazer desaparecer, novas pesquisas sugerem que o apêndice pode servir a um propósito importante.

Em particular, ele funciona como um reservatório para bactérias intestinais benéficas, aquelas mesmas que agora se sabe terem importante função protetora contra doenças como Parkinson e Alzheimer, e até mesmo estabelecer uma ligação com o cérebro.

Apêndice e evolução
Várias outras espécies de mamíferos têm igualmente um apêndice, e estudar como ele evoluiu e como funciona nessas espécies pode lançar alguma luz sobre este órgão misterioso nos humanos.

Uma equipe internacional de pesquisa reuniu dados sobre a presença ou ausência do apêndice e outros traços gastrointestinais e ambientais em 533 espécies de mamíferos. Eles mapearam os dados em uma filogenia - uma árvore genética - para rastrear como o apêndice evoluiu através da evolução dos mamíferos e tentar determinar por que algumas espécies têm um apêndice, enquanto outras não o têm.

O que se revelou é que o apêndice evoluiu independentemente em várias linhagens de mamíferos - mais de 30 vezes de forma independente. E, uma vez que apareceu, ele quase nunca desaparece de uma linhagem.

Isto sugere que o apêndice provavelmente serve a uma finalidade adaptativa, não sendo meramente um resquício prestes a sumir.

Analisando os fatores ecológicos, como dieta, clima, a sociabilidade de cada espécie e onde ela vive, foi possível rejeitar várias hipóteses previamente propostas pelos cientistas para tentar vincular o apêndice a fatores alimentares ou ambientais.

Apêndice com função imunológica
Em lugar das situações previstas pelas teorias científicas, o que os dados mostraram é que as espécies com um apêndice têm maiores concentrações médias de tecido linfoide (imunológico) no ceco. Isto indica que o apêndice pode desempenhar um papel importante como um órgão imunológico secundário. O tecido linfático também pode estimular o crescimento de alguns tipos de bactérias intestinais benéficas, fornecendo mais evidências de que o apêndice pode servir como um refúgio seguro para as bactérias intestinais úteis.

Também ficou claro que os animais com certos formatos de ceco (cônico ou em forma de espiral) são mais propensos a ter um apêndice do que os animais com um ceco redondo ou cilíndrico. Portanto, a equipe concluiu que o apêndice não está evoluindo sozinho, mas como parte de um "complexo ceco-apendicular" maior, que inclui o apêndice e o ceco como um conjunto.

O estudo, liderado pela professora Heather Smith, da Universidade Meio-Oeste do Arizona (EUA), foi publicado na revista científicaComptes Rendus Palevol.

(Diário Da Saúde)

quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

PESQUISA - "ÍMÃS SUBSTITUEM ANTIBIÓTICOS CONTRA INFECÇÕES"


Já pensou em substituir os antibióticos - caros e com riscos de efeitos colaterais e de tornar as bactérias resistentes - e ter as infecções curadas por ímãs ?

Os primeiros testes laboratoriais com essa nova terapia - bem-sucedidos e promissores - acabam de ser realizados por uma equipe internacional incluindo médicos do Instituto EMPA (Suíça), Instituto Adolphe Merkle e Escola de Medicina de Harvard (EUA). 

A terapia envolve injetar nanopartículas magnéticas de ferro no sangue do paciente. As nanopartículas ligam-se às bactérias, que são então removidas do sangue usando campos magnéticos gerados do lado de fora do corpo. 

Ímãs contra sepse

A sepse, ou septicemia - também conhecida como "envenenamento do sangue" -, é uma condição de infecção generalizada que é fatal em mais de 50% dos casos, mas pode ser curada se tratada em uma fase inicial. A maior prioridade, portanto, é agir rapidamente.
Por isso, os médicos costumam administrar antibióticos tão logo se suspeite de envenenamento do sangue, sem tempo para determinar se é realmente uma sepse bacteriana. Como em muitos casos não é, essa medida necessária de emergência acaba aumentando o risco de resistência bacteriana aos antibióticos.

Por isso, Inge Herrmann e sua equipe estão trabalhando no desenvolvimento de uma solução alternativa sem a necessidade de usar antibióticos - eles chamam sua técnica de "purificação magnética do sangue".

Purificação magnética do sangue

O princípio é, pelo menos na teoria, muito simples. As nanopartículas de ferro são revestidas com um anticorpo que detecta e se liga às bactérias nocivas no sangue. 

Decorrido um tempo suficiente para que as bactérias sejam capturadas, elas são removidas do sangue magneticamente.

Mas, até agora, havia um porém: os cientistas só haviam conseguido preparar as partículas magnéticas com anticorpos para reconhecer um único tipo de patógeno - mas muitos tipos diferentes de bactérias podem estar envolvidas na septicemia.

Finalmente, a equipe do professor Gerald Pier (Harvard) conseguiu desenvolver um anticorpo que pode se ligar a quase todas as bactérias que podem desencadear a septicemia - desta forma, se houver uma suspeita de sepse, o tratamento magnético poderia ser iniciado imediatamente, independentemente de qual patógeno está realmente no sangue.

Esse anticorpo polivalente permitiu finalmente que a equipe tivesse sucesso na filtragem das bactérias patogênicas do sangue, resultando em um procedimento semelhante à diálise.

Riscos das partículas de ferro

A equipe alerta que a nova terapia ainda não está suficientemente madura para ser usada em pacientes.
Na próxima etapa do trabalho, eles pretendem fazer testes para ver se algumas partículas permanecem no sangue após a extração magnética. Isto porque o requisito fundamental para essas capturadoras de bactérias é claro: elas não podem prejudicar o corpo humano.

Nos primeiros testes, feitos em culturas de células (in vitro), as nanopartículas de ferro se degradaram completamente após cinco dias.


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