quarta-feira, 29 de abril de 2015

PESQUISA - "EXERCÍCIOS PARA EMAGRECER NUNCA FUNCIONARAM; COMER MENOS SIM"

(COMA MENOS)

A atividade física tem um papel relativamente pequeno no controle do peso, e a atenção de políticas públicas contra a obesidade deveria estar na qualidade da alimentação - é o que defende um artigo assinado por médicos no British Journal of Sports Medicine.
"A atividade física regular reduz o risco de desenvolver doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2, demência e algumas formas de câncer em até 30%" - mas não a perda de peso - escrevem os pesquisadores.
Eles dizem querer desfazer o que chamam de "mitos" sobre exercício e obesidade: "A atividade física não promove a perda de peso", argumentam.
Propaganda enganosa
O texto, assinado por três especialistas da Grã-Bretanha, Estados Unidos e África do Sul, põe a culpa do problema da obesidade no alto consumo de açúcar e carboidratos nas dietas modernas.
E ataca a indústria alimentícia por incentivar a percepção equivocada de que o exercício possa compensar os efeitos negativos da má alimentação.
"A Coca-Cola, que gastou US$ 3,3 bilhões em publicidade em 2013, empurra a mensagem de que 'toda caloria vale'; eles associam seus produtos com o esporte, sugerindo que está tudo bem consumir suas bebidas desde que você se exercite", escrevem. "A ciência nos diz que isto é enganoso e equivocado. O que é crucial é a origem das calorias. As calorias do açúcar promovem depósitos de gordura e fome. As calorias da gordura promovem saciedade."
Mau hábito
Os cientistas dizem que até 40% dos indivíduos com peso considerado normal enfrentarão anormalidades metabólicas associadas com a obesidade por causa de hábitos alimentares inadequados.
Também observam que a obesidade representa "apenas a ponta do iceberg" dos efeitos adversos da má alimentação na sociedade: "Segundo o relatório sobre o peso global das doenças da (publicação científica) Lancet, uma dieta pobre já gera mais doenças que a inatividade física, o álcool e o fumo juntos."
Para o cardiologista Aseem Malhotra, da Academy of Medical Royal Colleges, na Grã-Bretanha - um dos médicos que assinam o artigo - "uma pessoa obesa não precisa fazer nenhum exercício para perder peso, só precisa comer menos. Minha maior preocupação é que a mensagem que está sendo transmitida ao público sugere que você pode comer o quanto quiser, desde que se exercite."
"Isto não tem base científica. Você não pode compensar os efeitos de maus hábitos alimentares fazendo exercício," finalizou.
Equilíbrio
Para outros médicos e pesquisadores, contudo, o equilíbrio não precisa ser só na dieta: uma boa dieta e uma quantidade razoável de atividade física é o melhor caminho para o fim da obesidade e a garantia de uma melhor saúde.
A preocupação é que posicionamentos como o defendido pelos três médicos possa desencorajar as pessoas a se exercitarem, abrindo mão dos benefícios que a prática física traz à saúde.

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domingo, 12 de abril de 2015

CIÊNCIA - " A GALÁXIA COM 40 BILHÕES DE TERRAS"

(Via Láctea vista de cima)

Na Via Láctea não há apenas uma Terra. Há 40 bilhões delas. O Kepler-186f, planeta fora dos sistema solar muito semelhante ao nosso, descoberto no último dia 17, provavelmente será conhecido como o primeiro dessa espécie. Em um futuro próximo, contudo, muitos planetas assim, parecidos com a Terra, serão revelados pelos astrônomos.
Com dimensões muito próximas às do mundo onde vivemos, o Kepler-186f deve ser rochoso e composto também de ferro, água e gelo, segundo cientistas. Isso significa que sua atmosfera também deve ser parecida com a nossa. Ele orbita a zona habitável de uma estrela anã - ou seja, uma faixa nem muito próxima e nem muito distante de sua fonte de calor e luminosidade, o que faz com que suas temperaturas não sejam extremas. Essa é uma das características que mais empolgou a comunidade científica: o planeta tem grandes chances de ter água na forma líquida, uma das condições fundamentais para a existência de vida sobre sua crosta.
"Essa descoberta mostra que realmente existem planetas do tamanho do nosso em zonas habitáveis", afirma a astrofísica Elisa Quintana, principal pesquisadora da Nasa responsável pela revelação do Kepler-186f. "Estamos percebendo que há muitos como ele e, por isso, as chances de existir vida em outros planetas é muito alta."
Até 2010 ainda não havia confirmações de que outros lugares no espaço poderiam reunir as mínimas condições propícias à vida - água na forma líquida, energia e algum dos seis elementos fundamentais para a existência (carbono, hidrogênio, oxigênio, nitrogênio, fósforo e enxofre). No entanto, com o lançamento de missões como a Kepler, há cinco anos, e o avanço de telescópios capazes de visualizar e enxergar não só partes longínquas do cosmo, mas também pequenos planetas (do tamanho da Terra ou menores que ela), os cientistas estão percebendo que, sim, há bilhões de planetas que exibem as mesmas características do nosso. E deles, o Kepler-186f é o mais semelhante à Terra até agora. Então por que, entre inúmeras possibilidades, seríamos os únicos privilegiados com a vida?
Para a Nasa, vida é oficialmente definida como "um sistema químico auto-sustentado, capaz de sofrer evolução Darwiniana". Não significa dizer que há animais ou civilizações como as criadas pelo homem em planetas afastados. Mesmo organismos muito simples, como vírus ou colônias de bactérias, significam vida para a Nasa e para as quase 150 missões em todo o mundo que buscam planetas fora do Sistema Solar. Em conjunto, eles tentam responder à questão que inquieta astrônomos desde a Antiguidade: estamos sozinhos no universo? Ainda não chegou a confirmação categórica de que existe vida fora da Terra. Mas o conjunto de evidências, que agora ganhou reforço com a existência do Kepler-186f, indica que a resposta está cada vez mais próxima. E talvez a pergunta a ser respondida nos próximos anos seja outra: que tipo de vida nos cerca?
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A descoberta de mundos - A divulgação do novo planeta mereceu a atenção de todo o mundo porque era aguardada desde a metade do século XX pelos cientistas. Foi nessa época, com o lançamento de telescópios como o Hubble, que os cientistas puderam, finalmente, ter imagens nítidas do cosmo. Com elas, perceberam que vivemos em um universo muito mais rico e cheio de planetas do que antes se imaginava. As novas informações indicaram a possibilidade da existência de diversos sistemas estelares, ou seja, que outras estrelas, além do Sol, têm planetas orbitando ao seu redor. A confirmação dessa hipótese, entretanto, só veio em 1995, quando astrônomos da Universidade de Genebra, na Suíça, identificaram um planeta feito de gás, como Júpiter, em volta de uma estrela, a 51 Pegasi. Assim, faz menos de 20 anos que sabemos que outros sistemas solares, como o nosso, podem povoar o universo.
"Nossa galáxia tem cerca de 300 bilhões de estrelas e estamos rapidamente confirmando a noção de que todas têm planetas rochosos ao seu redor", afirma o astrofísico Stephen Kane, da Universidade Estadual de São Francisco, nos Estados Unidos, coautor da pesquisa que descreveu o Kepler-186f. "Resultados da missão Kepler têm nos mostrado que, quanto menor o planeta, mais comum é sua existência. Assim, parece-nos que planetas rochosos são muito frequentes. Ainda precisamos saber quantos deles estão em zonas habitáveis, mas as primeiras estimativas já mostram que o número também deve ser incrivelmente alto."
A última conta feita pelos cientistas, publicada em novembro de 2013 na revista Pnas, mostra que uma em cada cinco estrelas como o Sol tem pelo menos um planeta do tamanho da Terra em sua zona habitável. Isso significa que só na Via Láctea podem existir 11 bilhões de planetas como o nosso. Se na conta entrarem os planetas ao redor de estrelas anãs, o número sobre para 40 bilhões. De acordo com os autores do estudo - entre eles Geoffrey Marcy, da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, um dos "caçadores de planetas" mais bem-sucedidos da astronomia moderna - o mais próximo pode estar a 12 anos-luz de distância (cada ano-luz equivale a 9,46 trilhões de quilômetros).
Ou seja, os astrônomos imaginavam que planetas como o Kepler-186f existiam aos bilhões, mas ainda não tinham visto nenhum. A cerca de 500 anos-luz do Sol, o novo planeta orbita uma estrela anã, o tipo mais comum em nossa galáxia - elas são mais de 70% das centenas de bilhões de estrelas.
"Há pelo menos um século tínhamos ideias sobre os planetas fora do sistema solar e há mais de cinquenta anos desenvolvemos o conceito de zona habitável. Ainda não contávamos, no entanto, com telescópios potentes para fazer os experimentos e ter as confirmações que precisávamos sobre eles. Agora finalmente possuímos essa tecnologia", afirma Kane. "Nos próximos anos, muitas descobertas devem ser feitas. Só nos dados da missão Kepler há várias, aguardando para serem reveladas."
Missões do futuro - A sonda Kepler, que forneceu os dados para a revelação do novo planeta, foi a grande alavanca para a explosão de novos planetas encontrados pelos cientistas nos últimos anos. Lançada em março 2009 pela agência espacial americana, ela tinha o objetivo principal de procurar planetas parecidos com o nosso, durante quatro anos. Seu telescópio e um sistema de imagens em alta definição são capazes de identificar mesmo planetas considerados pequenos, como a Terra. Em relação ao Hubble, a Kepler tem duas vantagens: capta mais estrelas em detalhes e faz imagens mais nítidas por possuir um filtro que diminui as interferências luminosas e detecta diferentes cores.
Até agora, a maior parte dos planetas revelados por ela tem um tamanho intermediário entre a Terra e Netuno, quatro vezes maior que a Terra. A análise das informações dos três primeiros anos da missão já identificou 3 845 possíveis candidatos a planetas. Desses, 962 foram confirmados.
Como outras missões de busca, a Kepler tem mais facilidade em identificar grandes planetas. Eles são mais visíveis e facilmente monitorados pelos telescópios em regiões longínquas do cosmo. Por isso, grande parte das descobertas são de super-Terras, planetas mais pesados e maiores que Terra, ou gigantes gasosos, bolas de gás como Júpiter, planeta de hidrogênio com massa equivalente à de 317 terras. Lugares assim, no entanto, exibem condições menos propícias à vida - os gigantes gasosos costumam ter uma atmosfera maciça, causando uma grande pressão que praticamente inviabiliza a existência de seres complexos, enquanto as super-Terras têm menor probabilidade de reunir as condições atmosféricas necessárias para garantir a presença de vida.
Por isso, programas espaciais em todo o mundo investem maciçamente em telescópios potentes, capazes de captar planetas menores. Dados e imagens ainda mais precisos que os da missão Kepler - que encerrou a primeira fase de seu programa em 2013 e, no início da segunda fase, chamada K2, teve um problema com o sistema que "mira" o telescópio, mas continua em atividade - virão de programas como aquele que será lançado pela Nasa em 2017, com uma nova geração de telescópios. Nessa data, irá para o espaço o Transiting Exoplanet Survey Satellite (Tess) e o telescópio James Webb, substituto do Hubble. O Tess vai monitorar planetas ao redor de estrelas anãs, enquanto o James Webb pretende examinar a atmosfera desses planetas e procurar substâncias que só poderiam ser geradas por organismos vivos, como os seis elementos essenciais à vida (carbono, hidrogênio, nitrogênio, oxigênio, fósforo e enxofre).
Possibilidade de vida - Quanto mais planetas são descobertos, maior é a probabilidade de achar planetas semelhantes ao nosso e, assim, os astrônomos acreditam que aumente também as chances de encontrar vida em outros lugares do universo. A definição de vida, porém, é algo complexo, que está longe de ser consenso entre os cientistas. O estudo da vida terráquea - o único tipo conhecido até hoje - mostrou que, apesar da grande biodiversidade terrestre, todos os seres são similares: são feitos de células ou, como os vírus, dependem delas; usam ácidos nucleicos como o DNA para armazenar e transmitir informação genética; e possuem um metabolismo similar.
Mas não é impossível a existência de outros tipos de vida espalhados pelo universo. Afinal, mesmo a Terra guarda muitos organismos que ainda são enigmas para os cientistas. Em 2010, pesquisadores da Nasa encontraram uma bactéria em um lago da Califórnia, nos Estados Unidos, que se comporta como um ser extraterrestre: não usava nenhum dos seis elementos fundamentais à existência, mas sobrevivia a partir de arsênio, um elemento altamente tóxico.
"Sabemos que para surgir vida é necessária uma complexidade química mínima, ou seja, moléculas orgânicas e razoavelmente complexas, formadas a partir de elementos básicos. Mas sua origem pode exigir algumas condições especiais. Ainda estamos aprendendo como todos esses elementos se juntam para formar um sistema químico autossustentado, capaz de se reproduzir e evoluir", explica Douglas Galante, pesquisador do Laboratório Nacional de Luz Síncrotron, em Campinas, e do Núcleo de Pesquisa em Astrobiologia da Universidade de São Paulo (USP).
Por isso, os cientistas ainda procuram corpos vivos no espaço de uma maneira "Terrocêntrica", buscando as condições que proporcionaram o surgimento dos seres por aqui: presença de água líquida ou moléculas orgânicas complexas.
"Mesmo a vida que conhecemos tem uma flexibilidade imensa a diferentes situações. Não é impossível imaginar um universo com muitos planetas, alguns mais quentes, outros frios, porém todos com organismos capazes de lidar com essas condições. Talvez em muitos desses planetas que estamos descobrindo as condições sejam extremas demais para atingir a multicelularidade, ou chegar a uma civilização tecnológica como a nossa. Mas, ainda assim, isso mostraria que a Terra não é privilegiada em ter vida", afirma o cientista.
Um cosmo próspero? - Quando se fala da existência de seres animados no espaço, normalmente os cientistas imaginam formas microscópicas, como as primeiras que provavelmente habitaram a Terra em sua origem.
"Se houver vida, como ela funciona? Podemos estar próximo a um momento de descobrir sistemas vivos completamente novos, novas biosferas para conhecer e explorar. É quase como se estivéssemos no papel do naturalista inglês Charles Darwin, em 1800, a bordo do navio Beagle explorando novas terras e toda a sua riqueza", diz Galante.
Para a maior parte dos astrônomos envolvidos com a busca de planetas fora do Sistema Solar, é muito improvável que, em um universo tão cheio de constelações, planetas e sistemas estelares com condições próximas a nossa, a Terra seja o único lugar a ter desenvolvido organismos vivos. "Sabemos agora que planetas semelhantes à Terra são comuns na Via Láctea. Para nosso planeta ser o único com vida na galáxia, isso significa que a vida é algo incrivelmente raro - uma ocorrência em 40 bilhões. Mas, mesmo que a probabilidade seja apenas de 1 em 1 milhão de possibilidades, isso já significaria muita vida só nessa galáxia", afirma o astrofísico Erik Petigura, pesquisador da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos.
Se essas hipóteses forem confirmadas nos próximos anos pelos cientistas, esses alienígenas, que podem estar na iminência de serem encontrados, causariam uma grande revolução científica, semelhante à provocada pelo astrônomo Nicolau Copérnico, quando ele formulou, no século XVI, a teoria de que o Sol é o centro do Sistema Solar. Teríamos de aprender que somos apenas mais um planeta - e minúsculo - cercado de bilhões de outros com seres diferentes.
"Uma descoberta como essa teria impactos profundos. Até o momento, o conhecimento que temos parte da hipótese de que a Terra é o único lugar do cosmo onde a vida apareceu e evoluiu. Se for provado que a vida é uma consequência natural da formação de planetas nas zonas habitáveis, assim como foi provado que a formação de planetas é uma consequência natural da formação de estrelas, então isso significa que o universo é, literalmente, fértil em vida", diz o astrofísico Stephen Kane. "O único desafio que permanecerá depois disso será descobrir como atravessar as vastas distância que nos separam desses outros seres."
Fonte Limpa : http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia

terça-feira, 7 de abril de 2015

PESQUISA - "A BIOELETRICIDADE COORDENA A VIDA"

Biólogos demonstraram pela primeira vez que as células embrionárias se comunicam, mesmo em longas distâncias, utilizando sinais bioelétricos, e usam essa informação para coisas essenciais, como saber onde o cérebro deve ser gerado e até o tamanho que o cérebro deve ter.
A bioeletricidade teve seus dias de glória com pesquisadores pioneiros, mas foi deixada de lado por muitos anos pela academia. Agora, com melhores técnicas para seu monitoramento, os sinais elétricos do corpo humano voltaram à pauta dos cientistas.
E, segundo o novo estudo, estes sinais são mais do que uma mera chave liga/desliga de eletricidade. Na verdade, eles têm um papel similar ao de um software que permite que um computador realize atividades complexas.
Sinais bioelétricos
A conclusão da equipe é que os sinais bioelétricos entre as células controlam e coordenam o desenvolvimento do cérebro embrionário e de vários outros órgãos.
A expectativa é que, descobrindo como manipular esses sinais, possa ser possível reparar defeitos genéticos e induzir o desenvolvimento de tecido cerebral saudável.
"Os sinais não são necessários apenas para o desenvolvimento normal, eles são orientadores," confirma o Dr. Michael Levin, da Universidade Tufts (EUA). "Nós constatamos que as células se comunicam, mesmo em longas distâncias no embrião, usando sinais bioelétricos, e usam essa informação para saber onde formar um cérebro e que tamanho o cérebro deve ter."
Os experimentos mostraram que a sinalização bioelétrica regula a atividade de dois fatores de reprogramação celular - proteínas que podem transformar células adultas em células-tronco.
Esses sinais bioelétricos são gerados por alterações na diferença de tensão ao longo da membrana celular - o chamado potencial de repouso celular - e pelos padrões diferenciais de tensão entre as regiões anatômicas.
E a sinalização bioelétrica envolve diferentes tipos de células, incluindo células somáticas maduras e células-tronco.
Remédios elétricos
Os experimentos demonstraram a função dos gradientes bioelétricos na formação do olho, dos membros e dos órgãos internos, além de mostrar que os gradientes naturais de tensão elétrica no embrião coordenam a formação do cérebro.
Com a ampliação das pesquisas na área, a expectativa é que os cientistas descubram técnicas terapêuticas que possam funcionar em conjunto ou servir de alternativa às terapêuticas químicas dos medicamentos.
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