quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

"OPORTUNIDADE DE FORMAÇÃO EM TERAPIA QUÂNTICA EM SÃO PAULO"


PESQUISA - "BACTÉRIAS INTESTINAIS E SUA INFLUÊNCIA DECISIVA SOBRE PARKINSON E ALZHEIMER"


Primeiro Parkinson, agora Alzheimer

Uma pesquisa feita na Universidade de Lund (Suécia) deu suporte à hipótese de que as bactérias intestinais aceleram o desenvolvimento da doença de Alzheimer.

conexão entre as bactérias intestinais e a doença de Parkinson já está bem estabelecida, o que levou os pesquisadores a estudar também a conexão com o Alzheimer - hoje já se sabe que o intestino parece formar um "segundo cérebro", tamanha é sua conexão com o sistema nervoso.

Como as nossas bactérias comensais têm um grande impacto sobre nossa saúde geral, sobretudo através de interações entre o sistema imunológico, a mucosa intestinal e a nossa dieta, a composição da microbiota intestinal passou a ser de grande interesse para as pesquisas sobre doenças neurológicas e neurodegenerativas.

A composição da nossa microbiota intestinal depende de quais bactérias recebemos no nascimento, dos nossos genes e da nossa dieta.

Bactérias intestinas e Alzheimer

Ao estudar camundongos saudáveis e doentes, os pesquisadores descobriram que os camundongos que sofrem de Alzheimer têm uma composição de bactérias intestinais diferente.

A equipe também estudou a doença de Alzheimer em camundongos completamente livres de bactérias, para testar ainda melhor a relação entre as bactérias intestinais e a doença. Os camundongos sem bactérias apresentaram uma quantidade significativamente menor de placas beta-amiloides no cérebro.

Para esclarecer a conexão entre a flora intestinal e a ocorrência da doença neurológica, os pesquisadores então transferiram bactérias intestinais de camundongos doentes para camundongos sem germes e constataram que estes últimos desenvolveram mais placas beta-amiloides no cérebro em comparação com o grupo que recebeu bactérias de animais saudáveis.

"Nosso estudo é único porque mostra um nexo causal direto entre as bactérias intestinais e a doença de Alzheimer. É marcante que os camundongos completamente livres de bactérias desenvolvam muito menos placas no cérebro," disse a pesquisadora Frida Fak Hallenius.

Dieta e probióticos

Os pesquisadores pretendem agora testar novos tipos de estratégias preventivas e terapêuticas contra o Alzheimer com base na modulação da microbiota intestinal através da dieta e de novos tipos de probióticos.


"Os resultados significam que agora podemos começar a pesquisar maneiras de prevenir a doença e retardar sua manifestação. Consideramos que este é um grande avanço, já que até agora só podemos administrar medicamentos antirretrovirais que aliviam os sintomas," finalizou Hallenius.


fonte : www.diariodasaude.com.br/

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

PESQUISA - "CHÁ VERDE PROTETOR DA MEDULA ÓSSEA"


Um componente do chá verde pode salvar a vida de pacientes que frequentemente enfrentam complicações médicas potencialmente fatais associadas com distúrbios da medula óssea.

O composto epigalocatequina-3-galato (EGCG), um polifenol encontrado nas folhas do chá verde, pode ser particularmente benéfico para os pacientes que lutam contra o mieloma múltiplo e a amiloidose.

Esses pacientes são suscetíveis a uma condição frequentemente fatal denominada Amiloidose de Cadeia Leve, na qual partes dos próprios anticorpos da pessoa se tornam deformadas e podem se acumular em vários órgãos, incluindo o coração e os rins.
"A ideia aqui é dupla: queríamos entender melhor como funciona a Amiloidose de Cadeia Leve e como o composto do chá verde afeta esta proteína específica," contou Jan Bieschke, da Universidade de Washington (EUA), que realizou os experimentos e testes juntamente com colegas da Universidade de Heidelberg (Alemanha).

Conserta as proteínas
A equipe isolou as cadeias leves de nove pacientes com transtornos da medula óssea que causaram mieloma múltiplo ou amiloidose e, em seguida, realizou experimentos de laboratório para determinar como o composto do chá verde afetaria a proteína de cadeia leve.

A EGCG transformou a amiloide de cadeia leve, impedindo que a forma deformada se replicasse e se acumulasse de forma perigosa.

O mesmo resultado foi obtido quando a equipe examinou o efeito da EGCG tanto na doença de Parkinson quanto na doença de Alzheimer, e descobriu que o composto do chá verde impede acumulações perigosas da proteína presente em ambas as doenças.

"Na presença do chá verde, as cadeias têm uma estrutura interna diferente," relatou Bieschke. "A EGCG forçou a cadeia leve para um tipo diferente de agregado que não é tóxico e não forma estruturas de fibrilas," como acontece nos órgãos afetados pela amiloidose.


Os resultados foram publicados recentemente no Journal of Biological Chemistry.