sábado, 10 de abril de 2010

" SAÚDE - NOVA ESPECIALIDADE MÉDICA - FRATERNIDADE E ATENÇÃO "



O Hospital das Clínicas (HC) de São Paulo aprovou a estruturação do Serviço de Cuidados Paliativos, nova forma humanizadora de acompanhar os pacientes da instituição. A ideia é interligar todos os departamentos do HC para apoiar o doente desde o diagnóstico até as fases mais avançadas da doença. Em caso de falecimento, a família será acompanhada tanto no luto como após a morte.

O hospital já possui iniciativas não articuladas de cuidados paliativos. Há frentes de trabalho nos institutos Central, da Criança e do Coração, mas não havia interação e fluxo de pacientes entre elas. "Agora, estamos integrando e fortalecendo essas medidas. Vamos criar um fluxo bem definido nas diferentes instâncias de atendimento para cada nível de complexidade que os pacientes apresentarem", afirma o coordenador da equipe, Ricardo Tavares de Carvalho.

Cerca de 30 profissionais do complexo atuam direta ou indiretamente na área. "São pessoas que já desenvolviam atividades em seus setores. Elas vão ficar conosco, se possível de forma exclusiva, e ainda ganharão o reforço de outros profissionais que em curto prazo serão dedicados exclusivamente a essa prática", revela o coordenador.

Um grupo multidisciplinar vai oferecer tratamento especializado, individualizado e diferenciado em todos os institutos do HC. O foco é garantir conforto e alívio de sofrimento em todas as etapas evolutivas da doença, sempre priorizando a dignidade da vida humana. "Oferecemos, junto com o tratamento tradicional e conhecido, ações ativas para reduzir os sintomas da dor e assistência psicossocial e espiritual. Com essas medidas, o dia-a-dia de pessoas com doenças avançadas e de seus familiares melhora significativamente. "Os cuidados paliativos oferecem mais vida aos dias do que dias à vida", afirma.

Apesar de ser uma especialidade médica desde 1987 no Reino Unido, somente a três anos os cuidados paliativos se tornaram especialidade nos Estados Unidos. "No Brasil, caminhamos para obter o reconhecimento como área de atuação médica e, posteriormente, como especialidade", destaca Tavares.

(http://www.isaude.net/pt-BR/)

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