Esta instalado num túnel de 27 km entre a França e a Suiça, e possui quatro detectores distribuídos pelo túnel
Os físicos vão brincar de Deus com o LHC. Eles acelerarão seus hádrons em sentidos opostos dentro de anéis gigantescos, levando-os a 99,9% da velocidade da luz. Então, com a ajuda de um poderoso ímã, vão obrigá-los a mudar de sentido e se chocar.
O choque espatifará os hádrons diante de placas sensíveis, que vão registrar e analisar o resultado da trombada, restos de matéria e energia miraculosamente encapsuladas, cada um produzindo uma assinatura de sua natureza e de sua hierarquia no momento da criação do universo.
De todas as partículas a ser produzidas na colisão monunental, a que mais interessa aos físicos detectar é um certo “bóson de Higgs“, que por enquanto existe apenas nas equações geniais de um físico inglês de 79 anos chamado Peter Higgs.
O bóson de Higgs é também chamado de “Partícula de Deus”. Mas, sem ela, quem está em apuros não são as religiões e suas versões para o gênese, e sim a ciência. Encontrar a assinatura do bóson de Higgs nas placas detectoras do LHC em Genebra provaria a teoria amplamente aceita no mundo científico.
Caso o bóson de Higgs não venha à ser encontrado, e de quebra, se conseguirem produzir dentro do acelerador a "matéria escura" disponível em todos os cantos do universo, o ser humano passará pela maior e mais importante revolução científica de todos os tempos, pois talvez e provavelmente a ciência tenha sido até aqui, apesar dos avanços inquestionáveis mas limitados, o principal instrumento utilizado para a nossa cegueria absoluta. Moral inclusive !
(Miguel Galli)
Nenhum comentário:
Postar um comentário