(Alcachofra é rica em manganês)
Em todo o caso, sabe-se agora que a distribuição do manganês é grande nos tecidos e líquidos do organismo, notadamente onde a atividade dos mitocondrios (centro respiratório das células) é maior. Com efeito, o papel matabólico do manganês é considerável, pois ele ativa numerosas enzimas implicadas na síntese do tecido conjuntivo, na regulação da glucose, na proteção das células contra os radicais livres e nas atividades neuro-hormonais.
As necessidades diárias de manganês são mal conhecidas, mas seriam supostamente cobertas por uma alimentação diversificada. O que quer dizer que não podemos deixar de comer cereais, grãos e sobretudo nozes, que são muito ricas (17,07 mcg/g). Os legumes e as frutas contém pouco (1 a 2,5 mcg/g), a carne e os derivados do leite, praticamente nada (0,20 a 0,70 mcg/g). De outro lado, segundo certos autores, a concentração de manganês nos vegetais é ainda diminuída devido à redução de manganês no solo, causada pela erosão e exaustão por culturas intensivas.
Alimentos ricos em Manganês :
Banana, alcachofra, aipo, grãos integrais, vegetais de folhas verde, legumes, nozes, abacaxi.
Assim, uma suplementação em manganês é considerada por certos autores como indispensável, notadamente nos regimes privados de alimentos energéticos.
No rol dos benefícios imputados ao manganês podemos citar ação hipoglicemizante, ação sobre o metabolismo das gorduras, ação protetora das células hepáticas, um papel na biossíntese das proteínas e dos muco-polissacarídeos das cartilagens, assim como uma implicação no metabolismo dos neurotransmissores.
O manganês é considerado em oligoterapia como um carro-chefe: ele é básico no tratamento da diatese alérgica, igualmente presente na associação manganês-cobre que constitui o remédio da diatese. Este tratamento melhora sensivelmente as crianças ditas frágeis, perpetuamente resfriadas e fixando mal sua atenção. Ainda, o manganês encontra excelentes indicações no campo da artrose. Lembremos aqui que o manganês pode provocar reações passageiras e, pois, um agravamento dos sintomas alérgicos, daí a necessária prudência na sua administração e numa eventual associação com outros oligoelementos.
Pfeiffer, partidário da medicina ortomolecular (inventada por Linus Pauling, prêmio Nobel de biologia molecular), considerou o manganês (assim como o zinco) as vedetes dos oligoelementos. Seus trabalhos sublinham o interesse do manganês nas afecções articulares, na má tolerância à glucose, nos distúrbios neuropsíquicos (como a esquizofrenia ou as crises convulsivas), assim como nas dores do crescimento das crianças.
Uma tomada de manganês em doses altas se mostrou desprovida de toxidez, sendo o único problema encontrado, uma elevação da pressão arterial que se pode contrabalançar com o zinco (hipotensor), segundo Pfeiffer.
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