Um novo estudo de caso relatado por pesquisadores da Mayo Clinic fornece evidências preliminares que um componente do chá verde pode levar a melhoras clínicas de pacientes com leucemia linfocítica crônica (CLL, em inglês).
No pequeno estudo de caso, os pesquisadores reportaram que quatro pacientes parecem ter melhoras no estado clínico de sua doença depois de começar a usar produtos OTC contendo galato de epigalocatequina (EGCG), um extrato do chá verde. Três dos quatro pacientes atingiram o critério usado para definir um tratamento com resposta para casos clínicos. Os mesmos pesquisadores haviam mostrado que o EGCG mataram células leucêmicas de um paciente com CLL num teste em tubo de ensaio, por meio da interrupção dos sinais de comunicação que eles precisam para sobreviver.
Segundo Tait Shanafelt, M.D., hematologista da Mayo Clinic e autor principal do artigo, ressalta que apesar dos resultados preliminares encorajadores, deve-se ter cuidado. "Não sabemos quantos pacientes estavam tomando produtos similares e não tiveram qualquer benefício. Ele também ressalta que a dose ótima que deve ser usada, freqüência com que os pacientes devem tomar a medicação e os efeitos colaterais devem ser observados com a administração por um período longo.Dr. Shanafelt e colegas dizem que mais estudos são necessários para determinar essas questões antes que eles possam recomendar o amplo uso pelos pacientes.
CLL é um câncer do sangue e medula óssea que afeta de 8.000 a 15.000 pessoas a cada ano nos EUA. É chamado de leucemia crônica porque progride mais lentamente do que a leucemia aguda, e linfocítica porque afeta um grupo de células brancas (linfócitos), que normalmente combatem infecções.
CLL não tem cura conhecida e afeta cada indivíduo de forma diferente. Alguns pacientes podem viver por décadas sem necessidade de tratamento, enquanto que outros precisam de quimioterapia imediata e alguns morrem em poucos meses, apesar do tratamento. Em função da evolução da CLL ser tão variável, historicamente, os médicos têm adotado uma atitude de observação nos estágios inicias da doença. Entretanto, novos testes, medicações e melhor compreensão da doença têm estimulado o interesse por estudos clínicos para avaliar se outras opções serão mais adequadas a alguns pacientes.
"Há muito tempo acredita-se que o chá verde tenha capacidade de prevenir o câncer", diz Dr. Shanafelt. O estudo atual está demonstrando que esse agente pode oferecer uma nova esperança a pacientes com CLL.
Outro estudo, apresentado no encontro anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica, mostrou que um terço dos pacientes que tomaram pílulas com epigalocatequina galato apresentaram uma redução de pelo menos 20% na contagem de células com o câncer.
Os resultados mostraram que 20 dos 29 pacientes que tinham gânglios linfáticos aumentados tiveram redução de 50% no tamanho desses linfonodos após o tratamento com duas pílulas diárias por seis meses. Além disso, dos 42 pacientes avaliados, apenas três tiveram efeitos adversos.
O composto do chá verde corta o suprimento de sangue para os tumores e mata as células doentes. O composto pode ser uma alternativa “interessante” no tratamento da leucemia.
(Fonte : http://www.jornaldobrasil.com.br/)
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