A pesquisa reacende a polêmica sobre os remédios usados para tratar o problema, suspeitos de causarem dos pensamentos suicidas.
Pesquisadores suecos descobriram que os pacientes têm maior risco de tentar suicídio até um ano depois do tratamento com isotretinoína, usado contra a acne.
Os cientistas dizem que o mais provável é que a própria acne explique o aumento do risco, mas não é possível descartar o remédio como causa do problema.
A isotretinoína, lançada nos anos 80, causou polêmica desde o início. Apesar de ser eficaz no tratamento da pele, o remédio já foi ligado a má formação fetal, quando usado durante a gravidez, e a efeitos colaterais mentais.
Até 80% dos adolescentes têm acne. Na maioria, o problema é discreto mas, em alguns casos, a acne pode desfigurar o rosto dos jovens, atrapalhando a vida social.
Os médicos dizem que a isotretinoína é eficaz nos casos graves de acne, mas ligam o remédio a depressão e comportamento suicida. Estudos científicos têm resultados conflitantes.
Uma pesquisa feita por cientistas canadenses, publicada no "Journal of Clinical Psychiatry" em 2008, sugeriu que a isotretinoína dobrava o risco de depressão.
Um estudo norueguês, publicado em reportagem na Folha, descobriu que os níveis de depressão e de pensamentos suicidas eram duas ou três vezes maiores em jovens com acne grave do que em adolescentes que não têm o problema, sugerindo que o tratamento com remédio não é o culpado pelos transtornos.
Para última pesquisa, a equipe do Instituto Karolinska, da Suécia, investigou tentativas de suicídio antes, durante e depois do tratamento com isotretinoína para acne.
Foram analisados dados de 5.756 pessoas que tomaram o remédio entre 1980 e 1989. As informações foram ligadas a internações hospitalares e registros de mortes entre 1980 e 2001.
Os resultados, publicados no "British Medical Journal", mostram que 128 pacientes foram internados em hospitais depois de tentarem suicídio. A pesquisa também descobriu que o número de tentativas de suicídio aumentava de um a três anos antes do início do tratamento. O pico foi até seis meses após o fim do tratamento.
A equipe de cientistas afirmou que é impossível saber se a manutenção no risco de suicídio se deve ao desenvolvimento natural da acne ou a resultados negativos do tratamento.
Comentando o estudo, Sarah Bailey, do departamento de farmácia e farmacologia da Universidade de Bath, na Inglaterra, disse que o trabalho fortalece o entendimento de que a própria acne tem efeitos psicológicos significativos.
"A polêmica do risco de suicídio com o uso de isotretinoína não é resolvido nesse artigo", disse ela, acrescentando que a descoberta mais interessante é que o problema aumenta depois do tratamento. Isso mostra que é essencial continuar o acompanhamento dos pacientes. Tratamentos de acne com frequenciais quanticos para a pele e sistema imunologico e hormonal não oferecem riscos e são eficazes quando seguidos corretamente. Fica o alerta para dermatologistas, médicos e terapeutas com pacientes dentro deste quadro.Acompanhe seu paciente!
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