sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

CIÊNCIA - "INTELIGÊNCIA EMOCIONAL ATINGE SEU PICO AOS 60"

(Dr. Robert Levenson )


As pessoas idosas têm alguma dificuldade em controlar suas emoções, especialmente quando assistem cenas desoladoras em filmes e novelas.

Mas elas são melhores do que as pessoas mais novas em ver o lado positivo de uma situação estressante e ter empatia com os menos afortunados.

A conclusão é de um estudo realizado na Universidade da Califórnia, nos EUA.

A equipe do Dr. Robert Levenson está analisando como nossas estratégias e respostas emocionais mudam à medida que envelhecemos.

Inteligência emocional

Os resultados da pesquisa apoiam a teoria de que a inteligência emocional e as habilidades cognitivas podem realmente melhorar quando entramos na casa dos 60, dando às pessoas mais velhas uma vantagem no trabalho e nos relacionamentos pessoais.

No primeiro estudo, os pesquisadores analisaram como adultos saudáveis na faixa dos 20, 40 e 60 anos reagiram a clipes de filmes neutros, tristes e revoltantes. Eles examinaram sobretudo a forma como os participantes usaram técnicas conhecidas como "avaliação independente", "reavaliação positiva" e "supressão de comportamento".

As pessoas mais velhas foram os melhores em reinterpretar cenas negativas de forma positiva, usando a chamada reavaliação positiva, um mecanismo de enfrentamento que se baseia fortemente na experiência de vida e nas lições aprendidas.

Os mais jovens e os participantes de meia-idade foram melhores no uso da "avaliação independente" para se desligar e desviar a atenção dos filmes desagradáveis.

Todos os três grupos foram igualmente hábeis em usar a supressão de comportamento para reprimir suas respostas emocionais. "Pesquisas anteriores já haviam mostrado que a supressão de comportamento não é uma maneira muito saudável de controlar as emoções," disse Levenson.

Sentido da vida

O estudo conclui que, "os idosos podem ser melhor servidos permanecendo socialmente engajados e usando a reavaliação positiva para lidar com situações estressantes, em vez de desconectar-se de situações que oferecem oportunidades para melhorar a qualidade de vida."

"Cada vez mais parece que o sentido da vida a partir de uma certa idade centra-se nos relacionamentos e no cuidar e ser cuidado por outros," afirma Levenson.


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