segunda-feira, 30 de maio de 2011

"SAÚDE - COMBINAÇÕES ALIMENTARES PREJUDICIAIS"

(Misturar café com leite compromete a absorção do cálcio no organismo)


Ao montar os pratos das suas refeições, você combina os alimentos que mais agradam seu paladar, pensando também nos valores nutricionais na hora da escolha. Algumas combinações comuns na mesa dos brasileiros, porém, podem fazer com que os alimentos percam determinadas propriedades. Resultado: a absorção de minerais e vitaminas é prejudicada.

Quem faz o alerta é a nutricionista funcional, Daniela Jobst. O famoso café com leite é um exemplo de junção que não funciona bem em termos nutricionais. "A cafeína acaba diminuindo a absorção de cálcio, ferro e vitamina C contidos no leite", diz. O hábito de tomar um cafezinho depois das refeições também não é recomendado. O motivo é o mesmo: a cafeína impede a total absorção de ferro e vitamina C colocados no prato.

Apesar de nutritivo, o espinafre também interfere na absorção do cálcio fornecido por outros participantes da salada, como brócolis e repolho. Daniela aconselha a dosar o consumo de espinafre quando misturado com outros ingredientes, ou melhor ainda, consumi-lo em porções individuais.

Falando em combinações de alimentos não muito favoráveis à saúde, a polêmica união entre manga e leite vem à mente. Fique tranquilo se quiser saborear os dois alimentos juntos, pois eles não são nada ameaçadores.

A nutricionista afirma que a ideia não passa de mito. "Provavelmente, a conclusão errônea de que manga com leite faz mal deve ter surgido pelo fato de a bebida e a fruta serem alimentos de difícil digestão", desmistifica ela. "O mesmo mito ronda a melancia e o leite, mas, apesar da fama, eles não endurecem o estômago", completa.

Ainda falando de frutas, a especialista ressalta que usar açúcar ou adoçantes artificiais para deixar sucos naturais mais doces não é aconselhável. Segundo ela, nenhum dos dois interfere na oferta de vitaminas e minerais das frutas. Mas outros motivos fazem o boicote ser necessário.

O açúcar, além de somar muitas calorias à bebida, não fornece nutrientes importantes ao organismo. Já os adoçantes artificiais, cita Daniela, são suspeitos de causar câncer e são produtos industrializados inflamatórios. "Qualquer processo inflamatório acumula gordura", alerta.

Inclua combinações certeiras no prato

Ficar de olho nas duplas desfavoráveis à obtenção dos nutrientes pode ser aliado a outro hábito saudável: lançar mão de combinações do bem. No primeiro lugar da lista, a nutricionista funcional lembra do trivial feijão com arroz. Os dois ingredientes típicos da nossa alimentação possuem aminoácidos. Juntos, eles formam proteínas importantes ao organismo.

Além disso, os minerais e vitaminas fornecidos por eles são ótimos para o funcionamento do intestino e equilíbrio do metabolismo. "Se puder trocar o arroz branco pelo integral, as fibras garantem mais benefícios ainda", incentiva Daniela.

Já a saborosa feijoada se destaca quando conta com a participação da laranja. A fruta cítrica ajuda na digestão das proteínas e, por ser ácida, diminui o pH do estômago. Tudo isso favorece a quebra dos alimentos em partículas e facilita assim, a digestão e absorção dos nutrientes.

Outra ajuda dada pelas frutas cítricas é na absorção do ferro obtido pelas fontes vegetais. Para que elas entrem em ação, a especialista recomenda que a ingestão da fruta escolhida seja feita logo após a refeição, como sobremesa.

Caso você prefira consumir a fruta em forma de suco, beba antes de começar o prato para não diluir o suco gástrico e dificultar a digestão.

Azeite combinado com manjericão é mais um truque revelado pela nutricionista funcional. Segundo ela, o azeite é capaz de potencializar os nutrientes da erva, intensificando seus efeitos anti-inflamatórios e prevenindo doenças crônicas.


(Fonte : www.minhavida.uol.com.br/)

quinta-feira, 26 de maio de 2011

SAÚDE - "BEBIDAS VEGETAIS DEVERIAM SUBSTITUIR O LEITE"


Pesquisas apontam que grande parte da população adulta tem, em maior ou menor grau, intolerância a lactose. A lactose é um açúcar presente no leite que depende de uma enzima chamada lactase para ser digerida, porém a produção desta enzima vai diminuindo com a idade tornando o leite um alimento de difícil digestão, causado desconfortos como distensão abdominal, flatulência e diarréia.

Segundo a nutricionista Flávia Morais, da Rede Mundo Verde, não só a lactose, mas também a proteína do leite pode contra indicar seu consumo.

A proteína do leite é de difícil digestão. Não digerida faz com que o sistema imunológico responda e crie anticorpos contra essa proteína acarretando em alergias que podem se manifestar na forma de rinite, sinusite e outras inflamações. “Quando a proteína do leite não é digerida não conseguimos absorver o cálcio disponível nesse alimento” explica.

De acordo com a especialista, é possível substituir o leite por bebidas vegetais de digestão mais fácil, como as de soja, arroz, quinua, aveia e amêndoas e incluir no cardápio alimentos fontes de cálcio melhores absorvidos pelo organismo, como o gergelim, o painço e as folhas verdes escuras, como o couve. Aliás toda verdura que seja aproveitada com o caule tem ali uma grande quantidade de cálcio !

A bebida vegetal de soja - é livre de lactose, sendo um substituto ideal do leite de vaca para as pessoas com intolerância. Traz os benefícios já reconhecidos da soja: é boa fonte de proteínas, fibras, vitaminas do complexo B e também de isoflavonas que diminuem os sintomas da menopausa. Estudos mostram que o consumo regular de soja reduz os riscos de câncer de mama e próstata, e não contém glúten.





Frank Oski nasceu em 1923 e graduou-se na Faculdade de Medicina da Universidade de Swuartmore, EE.UU. Em 1958 obteve o seu Mestrado na Universidade de Pensilvania.
Levou a cabo seus estudos de pediatria no Hospital da Universidade de Pensilvania e mais tarde estudou Hematologia no Hospital Infantil de Harvard, Boston.
Em 1963 foi eleito sócio do Departamento de Pediatria da Escola de Medicina na Universidade de Pensilvania. Mais tarde assumiu o cargo de Professor e Reitor do departamento de Pediatria no Centro médico da Universidade do Estado de Nova Iorque.
Em 1985 se encarregou do departamento de Pediatria na Escola de Medicina da Universidade de Johns Hopkins.
Ele explica : O hábito de consumir leite de vaca, está relacionado com a falta de ferro em crianças; uma boa parte da população mundial, é vítima de cãibras, diarréias e também de múltiplas formas de alergias; e há forte possibilidade de que seja um fator determinante na origem de arteriosclerose e ataques de coração.
Em 1975 a Escola de Medicina de Johns Hopkins levou a cabo um estudo e descobriram que 15% dos pacientes de raça branca e 75% de raça negra não toleram o consumo de leite devido à lactose. A partir de então, se iniciaram estudos a nível Mundial e atualmente sabemos que essas percentagens, são muito maiores. Normalmente o ser humano perde a atividade da lactose no intestino delgado entre a idade de um ano e meio e quatro anos. Este é um acontecimento totalmente normal no processo de maturidade tanto de homens como de outros mamíferos. 
A natureza, não nos oferece alimentos que contenham lactose, como o leite, depois do período do desmame.
Quando convertemos o leite em Iogurte, muita da lactose é convertida em glucose ou galactose. De uma forma parecida, quando o queijo curado, muita da lactose se converte em simples açúcar. É por isto que estes produtos são tolerados por pessoas que não toleram o leite.
Os problemas Gastrointestinais, podem ser sintomas da intolerância á lactose. 
Um destes sintomas é o que se origina nas paredes dos intestinos. Dada à intolerância do leite, os intestinos sangram e vertem entre 1 e 5 milímetros de sangue. O problema é que a quantidade de sangue é pequena para poder ser detectada nas paredes. e só se pode detectar a alteração, mediante análises químicas.
Estima -se que a metade dos casos de crianças com carências de ferro nos Estados Unidos se devem a este problema gastrointestinal derivado do consumo de leite de vaca.
Outra séria complicação que resulta do consumo do leite de vaca, é a nefrose. Um grupo de investigadores da Universidade de Colorado e outro da Escola de Medicina da Universidade de Miami identificaram esta enfermidade em crianças com idades compreendidas entre os dez e os catorze anos. 
A nefrose é uma alteração dos rins. Esta alteração provoca uma perda permanente de proteínas que desembocam na urina. O resultado desta enfermidade, é um nível baixo de proteínas no sangue; e eventualmente resulta numa acumulação de líquidos, inchaço de mãos e pés.
Algumas crianças, podem inclusive, desenvolver nefrose cronicas o que lhe pode levar á morte. 
Normalmente estas crianças, são tratadas com um tipo de cortisona, mas uma percentagem destas crianças não melhoram com o tratamento da cortisona. Foi com este grupo de crianças, que se fizeram estudos nas duas Universidades Americanas.
No princípio, suspeitaram que o problema vinha de algum tipo de alergia. Para sua surpresa descobriram que quando o leite de vaca era eliminado da sua dieta. a perda de proteínas cessava e as crianças recuperavam rapidamente. 
Depois da dita recuperação, se administrou novamente leite de vaca ás crianças, e num período de um a três dias, as crianças, começavam a perder outra vez os níveis de proteína no sangue.
Existem evidências que apoiam a convicção de que as crianças que se alimentam de leite materno durante a lactação, são menos propensas a enfermar do que aquelas que não o utilizam. Na década dos anos trinta se fez um estudo com 20.000 crianças na cidade de Chicago que corrobora com esta idéia.
O estudo aconteceu quando os antibióticos para eliminar as infecções bacterianas não existiam. No estudo, um grupo de crianças foi alimentado com leite materno durante os primeiros nove meses de vida; um segundo grupo foi alimentado parcialmente com leite materno; e um terceiro grupo foi alimentado com leite de vaca pasteurizado e açucarado.
A todas as crianças, se lhe deu suco de laranja a partir do primeiro mês, e óleo de fígado de bacalhau a partir das seis semanas. Se acrescentou também á dieta cereais a partir do quinto mês e vegetais a partir do sexto mês.
Que aconteceu? A mortalidade das crianças alimentadas á base de leite materno foi de um 1.5/1.000, entretanto a mortalidade das crianças alimentadas á base de leite de vaca se situou em 84.7/1.000 durante os nove primeiros meses de vida.
A mortalidade por infecções gastrointestinais foi de 40 vezes superior nas crianças que não foram alimentadas com leite materno, enquanto que a mortalidade por infecções respiratórias foi 120 vezes superior
Estudos anteriores a estes levados a cabo em diferentes cidades americanas mostraram resultados similares. As crianças alimentadas á base de leite de vaca tinham 20 vezes mais possibilidades de morrer durante os primeiros anos de vida do que os não consumiam.
Apesar de um litro de leite de vaca conter 1.200 miligramas de cálcio e um litro de leite materno conter 300 miligramas, uma criança que consuma leite materno assimila mais cálcio que se bebesse leite de vaca. O problema, é que o leite de vaca contem muito fósforo e este elemento interfere na absorção do cálcio. 
O leite de uma vaca, por muito sadia que seja, sempre está infectado com bactérias fecais que se depositam no úbere e nas mamas. Se o fato de que o leite contenha bactérias nocivas, não for suficiente para demover os bebedores de leite, a União de Consumidores de EE.UU. encontrou num estudo, que 25 amostras analisadas, só 4, não estavam contaminadas com pesticidas. As outras 21 tinham residuos de hidrocarbonatos clorados.
Existem evidências de que estes hidrocarbonatos, á medida que se acumulam no corpo, podem provocar mutações que resultam em deficiências no nascimento duma criança. Estes mesmos hidrocarbonatos, podem produzir câncer.
A penicilina é um antibiótico muito utilizado para combater as mastites das vacas. Supostamente não se deve ordenhar as vacas sem que tenham transcorrido 48 horas desde o tratamento da penicilina. Não obstante, esta norma não se cumpre e a penicilina aparece em quantidades variadas no leite.
Outra substância que se encontra no leite de vaca é a hormona progesterona que se converte em androgênio, que foi implicada como um fator que provoca o acne, pelos no corpo etc.
Diarréia, cãibras, sangue gastrointestinal, anemia, erupções cutâneas, arteriosclerose, e acne, são enfermidades, que segundo se sabe, estão relacionadas com o consumo do leite de vaca. Alem destas enfermidades, crê-se que o consumo de leite de vaca pode estar relacionado com a leucemia, a esclerose múltipla, a artrite reumática e as cáries dentárias.
Uma revista médica inglesa, de reputação mundial, “The Lancet”, publicou um editorial intitulado “Atenção á Vaca” !
Nela se citava uma experiência na qual se alimentou vários chimpanzés recém nascidos com leite de vaca não pasteurizado. Dois dos seis chimpanzés desenvolveram leucemia e morreram. É importante saber que o leite com que foram alimentados estava infectado com um tipo de vírus chamado de tipo C, que é uma infecção comum nas vacas e provoca um tipo de leucemia nas vacas. 
É irônico saber que muitas mães dão à seus filhos leite pensando que fortalecem os dentes quando o que provoca é uma destruição dos mesmos. Este dado que foi corroborado por um estudo do odontologista francês Castanho, da Universidade de Pensilvania numa de suas investigações. 
Com todos estes dados à disposição resta-nos aconselhar que se evite o uso do leite em qualquer idade, e que ele seja substituído pelas bebidas vegetais, chás ou sucos !

Fontes : www.saudeintegral.com, www.iridologiasp.com.br e www.metodobates.com.br



quarta-feira, 25 de maio de 2011

"PESQUISA - TUMORES CEREBRAIS E MELATONINA"


Melatonina : Esta substância é um hormônio que ocorre naturalmente no organismo humano. Ela é produzida pela glândula pineal (que fica localizada no cérebro) e sua função original é regular o ciclo diário do corpo, chamado de ciclo circadiano.

Em outros países (EUA e Europa), a melatonina sintetizada em laboratórios tem sido utilizada com muita freqüência para o tratamento de insônia e é vendida como suplemento alimentar em farmácias e supermercados, sendo possível obtê-la a preço baixo e em várias dosagens de apresentação.

Infelizmente, no Brasil sua comercialização é proibida e para consegui-la você deverá pedir que alguém te mande do exterior ou comprar de um contrabandista.

Nesta segunda hipótese, que eu tenho utilizado, é possível comprar melatonina da marca Optimun de 3 mg em frascos de 100 comprimidos por cerca de 50 reais. Nos EUA este mesmo produto pode ser encontrado por 1,95 dólares, ou seja, menos de cinco reais.

Mas porque a melatonina está sendo citada aqui como um suplemento para tratamento de câncer e tumores no cérebro? Porque existem fortes evidências científicas que comprovam sua grande utilidade.

Suas funções no tratamento:

§ Tem capacidade fortalecer o sistema imunológico, sendo que acredita-se que ela provoca um aumento da atividade das células, conhecidas como linfócito T, que são células de defesa do organismo contra agentes estranhos.

§ Recentemente também foi demonstrado que a melatonina pode inibir a angiogênese, veja a referência bibliográfica número 1 (no fim do post) e veja no post anterior a importância da inibição da angiogênese.

§ É possível que ela tenha efeitos citotóxicos diretos sobre alguns tipos de células cancerosas e tumorais, notavelmente sobre células de melanoma.

§ A melatonina não possui, ela mesma, efeitos tóxicos conhecidos ou efeitos colaterais.

§ Uma pesquisa realizada na Itália com um pequeno número de portadores de tumores cerebrais foi feita nos seguintes moldes. Os pacientes foram divididos em dois grupos. O primeiro grupo foi operado e recebeu radioterapia e o segundo grupo, além da cirurgia e radioterapia, recebeu 20 mg por dia de melatonina durante a radioterapia e continuou a tomar melatonina posteriormente. O Resultado: o número de sobreviventes após um ano da cirurgia foi 585% maior no grupo que usou melatonina; (ver 2)

§ Outros estudos comprovaram os o efeito complementar da melatonina e outros ainda estão em andamento. Vários envolvem cânceres em outras partes do corpo.

§ Observou-se que o uso de melatonina diminui os efeitos colaterais de alguns tipos de quimioterapia, especialmente no que diz respeito à contagem sanguínea. (ver 3)

§ Um grande estudo envolvendo 250 pacientes com diversos tipos de cânceres metatastático avançados também dividiu os paciente em dois grupos, um recebia a quimioterapia e ou outro recebia quimioterapia mais 20 mg de melatonina por dia. Os resultados são os seguintes: (a) no grupo que recebeu a melatonina o número de regressões dos tumores foi 125% maior que no grupo de usou somente a quimioterapia; (b) no grupo da melatonina houve 6 regressões completas enquanto no outro grupo não houve nenhuma; (c) o numero de sobreviventes por mais de um ano foi 120% maior nos pacientes que usaram melatonina. (ver 4)

Essas informações deixam poucas dúvidas sobre os aspectos benéficos do uso da melatonina, ela não só incrementa a eficácia da quimioterapia como também reduz sua toxidade. Os efeitos da melatonina são robustos e da maior significância clínica.

Sendo tão boa, porque não é comercializada no Brasil e porque não se tem notícia dos benefícios?

Acontece que a melatonina é uma substância natural e portanto não pode ser patenteada.

Se não pode ser patenteada ela pode ser produzida por muitos laboratórios e isto faz com que seu preço caia.

Obviamente, os grandes laboratórios não tem interesses em substâncias deste tipo, porque podem cobrar valores absurdos por medicamentos patenteados, desta forma não existe nenhum tipo de divulgação séria de substâncias naturais com evidências de eficácia cientificamente demonstrada.

Curiosamente os efeitos benéficos do uso da melatonina para tratamento de tumores e cânceres são ignorados não só aqui no Brasil. Os oncologistas americanos também a tem ignorado largamente. Haveria alguma razão econômica por traz disso ? Medicina e indústria farmacêutica são coniventes em tudo que envolva benefícios financeiros !

Referências Bibliográficas:

1. Lissoni, P., et al. Anti-angiogenic activity of melatonin in advanced cancer patients. Neuroendocrinology Letters, , 2001, Vol. 22, 45-47

2. Lissoni, P., et al. Increased survival time in brain glioblastomas by a radioneuroendocrine strategy with radiotherapy plus melatonin compared to radiotherapy alone. Oncology, 1996, Vol. 53, pp. 43-46

3. Lissoni, P., et al. Randomized study with the pineal hormone melatonin versus supportive care alone in advanced non-small cell lung cancer resistant to a first-line chemotherapy containing cisplatin. Oncology, 1992, Vol. 49, pp. 336-339

4. Lissoni, P., et al. Decreased toxicity and increased efficacy of cancer chemotherapy using the pineal hormone melatonin in metastatic solid tumor patients with poor clinical status. European Journal of Cancer, 1999, Vol. 35, pp. 1688-1692

5. Lissoni, P. et al. Five year survival in metastatic non-small cell lung cancer patients treated with chemotherapy alone or chemotherapy and melatonin: a randomized trial. Journal of Pineal Research, 2003, Vol. 35, 12-15

terça-feira, 24 de maio de 2011

"SAÚDE - HPV PODE SER TRANSMITIDO PELA PELE"


A Fiocruz Bahia foi palco da palestra HPV, câncer e vacinas: o que você precisa saber?

No encontro, que reuniu profissionais e estudantes de Medicina da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Edson Duarte, pesquisador da Fiocruz, discutiu os principais aspectos do HPV.

O vírus é conhecido como o causador de quase 100% dos casos de câncer de colo de útero e de metade dos casos de câncer de pênis.

Além de alertar o público presente quanto aos cuidados e principais formas de prevenção do HPV, Edson Duarte também chamou atenção para a facilidade de transmissão do vírus, que está muito adaptado à espécie humana e pode ser contraído com um simples contato, além de relações sexuais.

"Diferentemente de outras DSTs, o HPV não precisa de fluidos ou secreções orgânicas. A transmissão pode ser pele a pele. Existe também transmissão não-sexual e a mais importante é a da mãe para o recém-nascido, que se chama transmissão vertical. A mãe com infecção na genitália pode transmitir para o filho no canal do parto", explica Edson.

HPV

O HPV (Papilomavírus Humano) é um vírus relativamente novo e conhecido no mundo inteiro, pela incidência de doenças em homens e mulheres.

Edson Duarte explica que a infecção, na maioria das vezes, é assintomática, ou seja, os sintomas não são visíveis e, em alguns casos, a doença pode desaparecer naturalmente.

Um estudo da revista Journal of Infectious Diseases mostra que, as doenças também podem se manifestar através de verrugas anogenitais, lesões displásicas ou cânceres, entre os quais está um dos mais conhecidos: o câncer de colo de útero.

Prevenção do HPV

Ainda segundo a pesquisa, as lesões causadas pelo HPV podem aparecer em diferentes partes do corpo humano, como colo do útero, vagina ou vulva em mulheres, ou no ânus, pênis ou orofaringe em homens.

Além disso, o estudo aponta que, no caso dos homens, o principal fator capaz de influenciar o risco de infecção anogenital por HPV foi o número de parceiros sexuais.

De acordo com Edson, homens e mulheres sexualmente ativos, de todas as idades têm chance de contrair o HPV. É inviável falar em classificação por grupos de risco.

Para exemplificar a extensão do problema, o médico apontou números representativos com relação ao HPV. Estima-se que três quartos dos adultos [75%] têm ou terão alguma forma de HPV.

HPV também é coisa de homem
Além disso, é importante destacar: até 85% das mulheres sexualmente ativas serão contaminadas por HPV em algum momento de suas vidas; por ano, existe meio milhão de casos de câncer de colo de útero; 30 milhões de casos de verruga genital; 300 milhões de infecções novas por HPV.

A partir de dados tão impactantes, Edson Duarte alerta para importância da prevenção, que não se limita apenas à camisinha e ao exame Papanicolaou.

Para ele, a principal e mais eficiente forma de prevenir as mais diferenciadas doenças causadas pelo HPV é a vacina.

Especialistas discutem vacinação contra HPV para homens
"É uma vacina excelente, porque é uma réplica perfeita do vírus", afirma o médico.

Além de ser extremamente importante para mulheres, a vacina quadrivalente (a mais eficaz) pode prevenir infecções com HPV dos tipos 6, 11, 16 e 18, e outros relacionados com o desenvolvimento de lesões nos genitais externos em homens jovens, de 16 a 26 anos.

"PESQUISA - PORQUE HOMENS NÃO PROCURAM TERAPIA"



James Puckett estava tendo problemas e queria ver um terapeuta. Passou por vários; ou melhor, várias. Segundo ele, suas psicólogas lhe deram algum conforto, mas não conseguiram fazer com que ele enxergasse o que estava por trás de reações de enfrentamento muito “machas”, como socar uma parede.

Ele decidiu procurar um homem, e constatou que havia poucos psicólogos. Ele conseguiu um, e para ele, isso fez toda a diferença.
Há um tempo atrás, pesquisadores começaram a estudar a “feminização” da atenção à saúde mental. As mulheres superam os homens em áreas como psicologia e orientação. Hoje, sua predominância está quase concluída.

Os homens representam apenas um em cada cinco diplomas em psicologia, menos da metade da década de 1970. Eles são menos de 10% dos trabalhadores sociais com menos de 34 anos.

Seus números também diminuíram entre os conselheiros profissionais: 10% dos afiliados na Associação Americana de Aconselhamento são homens (em comparação com 30% em 1982) e parecem estar em declínio entre os terapeutas matrimoniais e familiares.

O resultado disso, muitos terapeutas afirmam, é que a profissão está em risco de perder seu apelo a um grande grupo de pessoas – a maioria homens – que gostariam de receber terapia com um profissional do sexo masculino.

Segundo terapeutas, há coisas sobre as pessoas que só um homem entende em outro homem, e vice-versa para as mulheres. Mas o ponto de vista do sexo masculino tem sido desvalorizado durante os últimos 40 ou 50 anos, e agora praticamente não existe mais.

As razões para a mudança são econômicas, bem como culturais. Os rendimentos dos terapeutas caíram na década de 1990. A psiquiatria, o canto mais machista da terapia, é cada vez mais voltada para tratamentos com drogas. E, como as mulheres entraram na força de trabalho em maior número, elas mostraram-se mais atraídas pela cura através da conversa do que os homens (tanto em dar quanto em receber esse tipo de tratamento).

Mas alguns estudos indicam que o impacto desta mudança de gênero sobre o valor da terapia é insignificante.

Um bom terapeuta é um bom terapeuta, homem ou mulher. Aliás, experiência compartilhada pode até ser um impedimento em alguns casos: terapeutas frequentemente alertam estudantes que assumir que eles têm uma visão especial sobre os problemas da pessoa só porque eles têm algo em comum não é bom.

Ainda assim, a percepção é muito importante quando se trata de procurar ajuda pela primeira vez. Um estudo recente com 266 homens descobriu que a vontade de um homem de procurar tratamento estava diretamente relacionada com o quanto ele concordava com pressupostos tradicionalmente masculinos, como: “Eu posso lidar com qualquer coisa que surgir no meu caminho”.

Assim, os homens poderiam se desencorajar pela perspectiva de ter que falar com uma mulher. Muitos acreditam que só um homem pode ajudá-los, e não importa se isso é verdade ou não.

Ambos terapeutas homens e mulheres concordam que há certos assuntos que, pelo menos inicialmente, são melhor discutidas dentro do gênero. O sexo é um deles. Alguns homens têm muito menos vergonha desse assunto quando falam com outro homem.

Agressão é outro. Muitos homens crescem em um mundo hostil e violento quase invisível para as mulheres. Uma briga de bar que parece traumática para uma terapeuta pode ser mais uma noite boa para um homem.

Da mesma forma, o que pode parecer trivial a distância pode ter um impacto no inconsciente.

Quando os homens têm que confessar coisas que estão relutantes em admitir até para si mesmo, surgem afirmações como: “eu fugi de uma briga na escola” (e isso vindo de homens em sua maioria de meia-idade, casados).

Só nos últimos anos, os psicólogos identificaram uma série de questões que são, na verdade, versões masculinas das questões de identidade que muitas mães enfrentam no mercado de trabalho: a dúvida de ser um pai presente, a tensão entre ser um provedor e ser um pai, e mesmo depressão pós-parto masculina.

Da mesma forma que há algo muito pessoal em ser mãe, muito importante para a identidade feminina, a experiência de ser pai também é muito poderosa e alguns homens preferem falar sobre isso – a alegria de ser pai, o estresse, como é impactante para eles – com um terapeuta que teve a mesma experiência, o mesmo ponto de vista.

Isso é, se eles conseguirem encontrar um. O mundo do inconsciente está um pouco distante dos homens atualmente. Sem psicólogos suficientes, não há muitos homens procurando terapia, o que é muito triste.

[NewYorkTimes]

sexta-feira, 20 de maio de 2011

SAÚDE - "PORQUE DEVEMOS LIMITAR O USO DO TELEFONE CELULAR"

(Mar de radiofrequências)

A utilização dos telefones celulares cresceu exponencialmente ao longo dos últimos 10 anos, muito mais rapidamente do que aconteceu com a televisão e o com rádio na época do surgimento dessas tecnologias.

Por isso, é muito cedo para quantificar os riscos a longo prazo que os celulares impõem sobre a saúde humana.

Contudo, o crescente número de usuários e as antenas de retransmissão, proliferando mesmo nos cantos mais remotos do mundo, significam que estamos constantemente imersos em um mar de radiofrequências (RF).

Será que nossos corpos são capazes de suportar tal exposição? Até que nível? O efeito seria o mesmo para todas as pessoas?

Celular e tumores cerebrais

Pesquisadores do projeto Interphone, o maior estudo epidemiológico já realizado sobre a relação entre o câncer e os telefones celulares, estão divulgando seus primeiros resultados.

Embora a interpretação deste estudo ainda não permita tirar conclusões definitivas, ele sugere que o uso de telefones celulares pode causar a ocorrência de certos tumores cerebrais.

Os resultados iniciais do estudo, iniciado em 1999 pela Agência Internacional para Pesquisa sobre o Câncer (IARC) em 13 países industrializados, sugerem que as pessoas que usaram telefones celulares regularmente por 10 anos apresentam um maior risco de desenvolver determinados tumores.

O estudo analisou quatro tipos de tumores que afetam o cérebro ou as partes da cabeça ao redor das orelhas. Cada participante recebeu um questionário detalhado sobre o uso do telefone celular, seu perfil demográfico, se usa ou não outros sistemas de comunicação, se fuma e tudo sobre seu histórico médico pessoal e familiar.

No total, 2.765 pessoas com gliomas, 2.425 com meningiomas, 1.121 com neuroma acústico e 400 com câncer da glândula parótida foram entrevistadas utilizando um protocolo comum, juntamente com um grupo controle de 7.658 pessoas.

Uma interpretação prudente ...

Com relação aos gliomas, o câncer do cérebro com maior risco de mortalidade, o estudo Interphone afirma que "os dados dos países escandinavos e do Reino Unido identificaram um maior risco de desenvolver este tipo de tumor no lado da cabeça normalmente usado para telefonar."

Os resultados sugerem que a probabilidade de os usuários desenvolverem um glioma após 10 anos de uso contínuo do telefone celular é até 60% mais elevado nos países escandinavos, quase 100% maior na França e perto de 120% na Alemanha.

Para os meningiomas e neuromas acústicos, os resultados não são tão claros, embora perceba-se uma tendência semelhante. Para os tumores da glândula parótida, por outro lado, nenhum aumento no risco foi observado.

Mas futuras investigações, com períodos de latência maiores, serão necessárias para confirmar estes resultados.

Elisabeth Cardis, do Centro de Investigação em Epidemiologia Ambiental (CREAL) em Barcelona, na Espanha, coordenadora do Interphone, no entanto, minimiza a natureza alarmante destes primeiros resultados:

"Eles de fato indicam um possível aumento do risco entre os usuários a longo prazo, mas essa observação talvez seja artificial, devido a duas influências principais que podem invalidar as conclusões. Por um lado, os relatórios podem estar subestimados devido ao viés da seleção [dos voluntários], ou seja, quase 55% de taxa de não-resposta entre os usuários saudáveis. Por outro lado, pessoas com câncer pode ter superestimado seu próprio uso de telefones celulares. Isso é o que é conhecido como viés de memorização," diz ela.

Usuário regular

Um grande número de organizações que fazem campanhas para a adoção de normas mais rigorosas sobre o uso de telefones celulares acredita que a definição de "usuário regular" - utilizado no estudo Interphone para representar alguém usando um telefone celular pelo menos uma vez por semana por pelo menos seis meses - é muito amplo, podendo distorcer os resultados.

"Este é, contudo, um conceito muito claro adotado em todos os estudos", diz Elizabeth Cardis. "Quando as pessoas se encontram nesse perfil, um questionário detalhado é enviado para documentar suas histórias completas do uso do telefone celular. Nós fizemos análises pelo número de anos de utilização, número total de chamadas, o número de horas etc."

Interferências com o sistema imunológico

Os resultados finais do Interphone deverão ser publicados nos próximos meses. Até lá, os governos não podem (ou não querem) utilizar o estudo como uma base para a introdução ou a modificação de suas legislações.

Entretanto, outros estudos apontam na mesma direção, como uma tese de doutoramento defendida na Universidade Católica de Louvain, na Bélgica, em junho de 2008, perante um júri internacional de especialistas.

Dirk Adang, orientado por André Vander Vorst, mediu o impacto das ondas eletromagnéticas em quatro grupos de ratos. Roedores de três destes grupos foram submetidos ao longo de um período de 18 meses, o equivalente a 70% de suas vidas, a diferentes níveis de exposição eletromagnética, sempre em conformidade com as normas internacionais vigentes. O grupo controle não foi exposto.

Efeitos da radiação sobre o sistema imunológico

O estudo chegou a duas conclusões principais.

A primeira diz respeito ao efeito da exposição à radiação eletromagnética sobre os sistemas imunológicos dos ratos. Em análises de amostras de sangue, realizadas a cada três meses, Dirk Adang identificou, nos ratos dos três grupos que sofreram a exposição, um aumento dos monócitos, células brancas do sangue envolvidas na eliminação de corpos estranhos do organismo.

Esta descoberta sugere que o organismo responde à exposição a doses baixas de radiação eletromagnética como se fosse uma agressão externa.

A segunda e mais preocupante conclusão diz respeito à taxa de mortalidade: 60% dos ratos dos três grupos expostos morreram dentro dos três meses do experimento, contra 29% no grupo controle.

Princípio da precaução contra os celulares

Novamente, com relação ao experimento realizado com ratos, esses resultados não permitem conclusões definitivas. Um relatório da Comissão Europeia, publicado em 2009 pelo Comitê Científico de Riscos Emergentes e Recentemente Identificados, indica que não há nenhuma evidência de qualquer impacto das ondas eletromagnéticas sobre a saúde humana, mas recomenda que mais pesquisas sejam realizadas sobre o assunto.

Embora as condições nas quais os telefones celulares são prejudiciais para a saúde pública não estejam claramente estabelecidas, pode-se razoavelmente duvidar de que os úteis aparelhinhos sejam totalmente inocentes.

O que dizer então das cercanias das antenas de retransmissão? E do efeito combinado com as ondas Wi-Fi? O impacto desses parâmetros sobre a saúde ainda é desconhecido.

Mais estudos científicos independentes serão provavelmente necessários para esclarecer todas essas dúvidas. Enquanto isso, cientistas estão defendendo o princípio da precaução:

Evitar o uso excessivo dos telefones celulares, especialmente entre as crianças e os jovens;
usar fones de ouvido com fio ou dispositivos sem fios;
não utilizar telefones celulares em veículos em movimento, o que os obriga a operar com potência total para manter a conexão.
Afinal, não é largamente aceito que o uso excessivo de qualquer coisa é prejudicial?

A eletro-hipersensibilidade existe de fato?

Certas pessoas parecem ser mais sensíveis às ondas eletromagnéticas emitidas particularmente pelas antenas de retransmissão de telefonia celular.

Apesar de a Organização Mundial da Saúde (OMS) incluir a hipersensibilidade elétrica na sua lista de patologias, a doença só é reconhecido na Suécia e na Grã-Bretanha.

Sabine Rinckel, uma cidadã da cidade de Estrasburgo, entrou com inúmeras ações judiciais para obter reparação de danos por parte das autoridades francesas. "Eu sofria de enxaquecas e dores nas costas desde que foi instalada uma antena de retransmissão no telhado do meu prédio", conta ela, que tem 40 anos de idade. "Tenho formigamento nos dedos e nas pernas. Sem mencionar esses choques elétricos que machucam meu maxilar. Eu passei por uma cirurgia em 1981, durante a qual parafusos e placas foram inseridos nos ossos do meu rosto."

Os médicos que examinaram Sabine Rinckel foram incapazes de diagnosticar qualquer coisa porque sua patologia não é reconhecido pela profissão.

"Apesar de ter mudado de apartamento, eu continuo sentindo estes sintomas. Eles são tão fortes que eu sou capaz de localizar as antenas de retransmissão sem vê-las," diz a paciente.


PESQUISA - "USO DE CELULAR DIMINUI FERTILIDADE MASCULINA"


Homens que foram diagnosticados com má qualidade do esperma e que estão tentando ter filhos devem limitar seu uso do telefone celular.

Pesquisadores canadenses descobriram que, embora o uso do telefone celular pareça aumentar o nível de testosterona circulando no organismo, ele pode também levar à baixa qualidade do esperma e a uma diminuição na fertilidade.

"Nossos resultados foram um tanto surpreendentes," diz Rany Shamloul, da Universidade de Queens, no Canadá. "Esperávamos encontrar resultados diferentes, mas os dados sugerem que pode haver alguns mecanismos intrigantes em ação."

Testosterona e hormônio luteinizante

A equipe de pesquisadores descobriu que homens que relataram o uso de celulares apresentam níveis mais altos de testosterona circulante.

Por outro lado, eles também apresentaram níveis menores do hormônio luteinizante (LH), um importante hormônio reprodutivo que é secretado pela glândula pituitária no cérebro.

Os pesquisadores acreditam que as ondas eletromagnéticas emitidas pelos telefones celulares podem ter um duplo efeito sobre os níveis dos hormônios masculinos e sobre a fertilidade.

Efeitos das ondas eletromagnéticas

A radiação eletromagnética pode aumentar o número de células dos testículos que produzem testosterona.

No entanto, ao diminuir os níveis do hormônio luteinizante excretado pela glândula pituitária, essas ondas eletromagnéticas também podem bloquear a conversão deste tipo básico de testosterona circulante para sua forma mais ativa e potente, associada com a produção de esperma e com a fertilidade.

Pesquisas mais aprofundadas serão necessários para determinar a forma exata com que a radiação eletromagnética afeta a fertilidade masculina.


quinta-feira, 19 de maio de 2011

PESQUISA - "AÇÚCAR POTENCIALIZA EFEITO DE ANTIBIÓTICOS"


Uma colher de açúcar não só torna o remédio mais fácil de engolir como também pode aumentar sua potência; é o que indica um novo estudo.

Os resultados mostram que uma dose de açúcar pode tornar certos antibióticos mais eficazes em exterminar as infecções bacterianas. Os pesquisadores dizem que a adição de açúcar pode melhorar a eficácia dos medicamentos no tratamento de algumas infecções bacterianas crônicas, incluindo estafilococos e tuberculose.

Até agora, os estudos só foram realizados em animais, e são necessárias mais pesquisas para ver se os mesmos resultados ocorrem em humanos. Caso isso aconteça, é possível que os antibióticos produzidos hoje em dia sejam melhorados sem a necessidade de produzir novos medicamentos, o que seria um processo caro e, pelo visto, desnecessário.

Os pesquisadores esperam que a técnica ajude a reduzir infecções recorrentes. Nesses casos, as bactérias já estão acostumadas à “tentativa de homicídio” e fingem-se de mortas quando sentem o uso de antibióticos.

Elas cessam suas funções metabólicas normais e se recusam a engolir os antibióticos destinados a envenená-las. Na técnica desenvolvida pelos pesquisadores, o açúcar traz as bactérias de volta à vida e as faz ingerir os antibióticos, que por sua vez matam as bactérias.

Os cientistas testaram a técnica em camundongos com infecções no trato urinário. O tratamento com antibióticos + açúcar foi capaz de matar 99,9% das bactérias persistentes (neste caso, E. coli). O tratamento com o antibiótico sozinho não teve nenhum efeito.

Os pesquisadores estão atualmente investigando se o açúcar pode ser usado para melhorar os medicamentos contra a tuberculose.

[LiveScience]
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SAÚDE - "O CÂNCER E A OMISSÃO DA INDÚSTRIA FARMACÊUTICA"


Evangelos Michelakis é pesquisador de câncer da Universidade de Alberta que, há três anos, descobriu que uma substância química comum, não tóxica, conhecida como DCA, abreviação de dicloroacetato, parece inibir o crescimento de tumores cancerígenos em ratos.

O mecanismo pelo qual DCA funciona é extremamente simples: mata a maioria dos tipos de células cancerosas através da alteração da forma como elas metabolizam o açúcar, causando-lhes autodestruição sem afetar tecidos normais.

Após os testes em animais, Michelakis fez testes de DCA em células cancerosas humanas em laboratório. Em seguida, conduziu testes clínicos em humanos. Seus resultados foram encorajadores: o tratamento com DCA pareceu estender a vida de quatro dos cinco participantes do estudo.

Michelakis não patenteou sua descoberta. Não é porque ele não quer, mas porque não pode: quando se trata de patentes, DCA é um produto químico barato, amplamente utilizado, que nenhum laboratório pode possuir.

Bom, então eis a questão: se há uma nova substância com potencial de ajudar muito no tratamento de câncer, porque não ouvimos falar nela?

No mundo de hoje, essas drogas não atraem facilmente financiamento. A grande indústria da farmácia não está exatamente ignorando o DCA, e nem suprimindo sua pesquisa; apenas não está ajudando. Por quê?

O desenvolvimento de drogas é basicamente um grande negócio, e investir na droga sem patente simplesmente não é um bom negócio, porque não haverá lucro. Em um mundo onde a droga para câncer Avastin – patenteada pela empresa farmacêutica Genentech/Roche – custa aos pacientes cerca de 80.000 dólares por ano sem nenhuma comprovação de que prolonga a vida, não ha espaço para DCA.

Segundo farmacologistas, as empresas farmacêuticas são como outras empresas que fabricam produtos que devem ser vendidos com lucro. Apenas um em cada 10.000 compostos estudados por pesquisadores acaba se tornando uma droga aprovada.

Para chegar à fase de aprovação, os medicamentos devem ser submetidos a 7 a 10 anos de testes, com um custo total médio de 500 milhões de dólares, o que pode ser em vão se a droga não receber aprovação de instituições reguladoras. E mesmo se isso ocorrer, apenas 3 de cada 20 drogas aprovadas geram lucros suficientes para cobrir seus custos de desenvolvimento.

O lucro é o incentivo para o risco que a empresa corre. E seria quase impossível lucrar em uma droga como dicloroacetato. Se ele for mesmo eficaz, então será uma droga ridiculamente barata. Segundo especialistas, a falta de patenteabilidade está desempenhando um papel na falta de investigação.

Embora as organizações de saúde dos governos, como o Instituto Nacional de Câncer americano, deem bolsas para ajudar a financiar testes clínicos, elas não são suficientes para fazer com que o DCA seja aprovado como um tratamento contra o câncer.

A pesquisa em DCA se move muito mais lentamente do que se uma empresa farmacêutica pagasse a conta.

Mas o financiamento de base já permitiu um progresso. Michelakis reuniu cerca de 1,5 milhões em nove meses, o suficiente para financiar um estudo detalhado do tratamento com DCA em cinco pacientes com câncer cerebral. Porém, o estudo foi pequeno e não houve controle com placebo, o que torna seus resultados inconclusivos.

Apesar da escassez de testes clínicos, um médico canadense, Akbar Khan, prescreve DCA para seus pacientes com câncer. Isso pode ser feito no Canadá, porque o DCA já está aprovado para o tratamento de distúrbios de metabolismo.

Segundo ele, 60 a 70% dos pacientes que falharam com tratamentos padrão responderam favoravelmente ao DCA. A droga foi eficaz, e teve resultados interessantes: um dos pacientes tinha vários tumores, incluindo um particularmente preocupante na perna; o DCA estabilizou significativamente o tumor e reduziu a sua dor.

Atualmente, Khan tem três pacientes com cânceres incuráveis que estão em remissão completa, provavelmente curados, graças à combinação do DCA com tratamentos convencionais paliativos (não curativos).

Sem a ajuda das grandes empresas, isso terá que acontecer de uma forma singular. Poderia ser uma experiência social, na qual fundos públicos ajudassem. O grupo de pesquisa está começando a estabelecer relações com alguns hospitais de câncer de destaque e, eventualmente, órgãos federais como o Instituto Nacional de Câncer poderiam perceber que há provas suficientes de sua eficácia e ajudar com o financiamento.

[LiveScience]

segunda-feira, 16 de maio de 2011

"FÍSICA QUANTICA - ADMIRÁVEL MUNDO NOVO"


A física quântica, conhecida por causa de nomes célebres como Erwin Schrödinger, Werner Heisenberg, Niels Bohr e outros tantos gênios que fizeram dela seus objetivos de vida, mostra que não é uma parte da ciência que está longe do nosso cotidiano.

Pesquisadores alemães, em associação com outros cientistas, estão desenvolvendo um conjunto de tecnologias que fazem uso das propriedades quânticas da luz e da matéria para produzirem o que será uma revolução nos modos como armazenamos, processamos e transmitimos as informações.

Cientistas do Max-Planck-Institut für Quantenoptik (Instituto “Max Planck” para Óptica Quântica) têm pesquisado uma série de tecnologias que, quando associadas entre si, irão permitir transmissão de dados endereçados quanticamente, isto é, cada bit de dado irá corresponder a um quantum de luz – o meio usado para transmitir essas informações.

Tal nova unidade básica de informação, onde cada bit computacional será codificado analogicamente em um quantum luminoso, é o qubit.

O objetivo é dominar a física por trás do que está sendo chamado de memória quântica: uma memória capaz de converter qubits luminosos em qubits materiais e armazenar tais qubits de matéria em áreas endereçáveis para que um dispositivo leitor seja capaz de realizar a conversão dessas informações quânticas analógicas em informações digitais para uso em sistemas computacionais.

Também, tal memória terá de ser capaz de, além de receber qubits fotônicos (luminosos), recriar qubits fotônicos a partir dos qubits físicos (materiais) presentes nela, para posterior envio destas informações quanticamente codificadas através de redes quânticas.

As redes quânticas também são um objetivo de médio a longo prazo para os pesquisadores do instituto supracitado, pois pelo desenvolvimento de tais redes, a computação quântica distribuída será possível, tornando muitas tarefas que hoje necessitam de processamento distribuído (cálculos científicos complexos, projetos de engenharia e etc) muito mais rápidos e eficientes, além de precisos, já que as arquiteturas computacionais envolvidas serão capazes de manipular unidades de informação muito menores do que o bit da forma como o conhecemos hoje.

Ademais, tais redes contarão com uma velocidade de envio de dados de ordem luminosa, aumentando em muito a razão de bits/comprimento de onda dos pulsos luminosos dentro das fibras ópticas das dorsais de comunicação (backbones) que conectam os grandes centros que demandam uma grande quantidade de dados.

Se tal marco tecnológico for realmente alcançado, teremos então visto um feito revolucionário, não só para a física – pois o desenvolvimento de tal tecnologia requer o desenvolvimento e o conhecimento de uma física até então inédita para os cientistas – mas também para as telecomunicações, computação, redes de computadores, computação distribuída e para as áreas da vida cotidiana que dependem das facetas tecnológicas citadas antes, como a Internet, a previsão do tempo, os projetos de engenharia em geral e muitos outros em planos técnico-científicos nos quais a precisão, a segurança no armazenamento e manipulação e velocidade de transmissão e processamento de grandes quantidades de informação tem um peso crítico na sua constituição.

Conforme artigo da revista Nature, no sítio: Artigo@Revista Nature

domingo, 15 de maio de 2011

SAÚDE - "OQUE SÃO RADICAIS LIVRES"

(Legumes e vegetais são eficientes antioxidantes)


É comum escutarmos falar em combate aos radicais livres (RL). Sabemos que eles podem fazer mal, mas se nos perguntarem o que são e por que são maléficos, simplesmente não saberemos explicar.

Os radicais livres são substâncias produzidas pelo próprio corpo humano, através do processo de respiração, por infecções, stress, pelo consumo de gorduras saturadas e pelo hábito de fumar e consumir álcool. Em níveis considerados normais, não são prejudiciais à saúde. Em excesso, podem ser tóxicos ao organismo.

Radicais livres são moléculas reativas e instáveis, pois perdem elétron e requer outro para se neutralizar, por isso, roubam elétrons de outras moléculas. São prejudiciais ao organismo por destruírem as membranas das células, inclusive as que fazem parte do sistema imunológico, responsável por proteger o corpo contra as doenças.

Entretanto, nosso organismo possui enzimas protetoras que reparam 99% dos danos causados pela oxidação. “Existem radicais livres que, ao se formarem, o próprio organismo tem como combatê-los. No entanto, há alguns cujo combate somente pode ser exercido com a adição de vitaminas, minerais e outros nutrientes.

Quando não nos alimentamos corretamente, esses radicais livres passam a ser nocivos à saúde”, explica Luzidalva Medeiros, especialista em Clínica Médica.

Do total do oxigênio que respiramos todos os dias, 2% a 5% convertem-se em radicais livres. São quantidades moderadas, que ajudam a combater as bactérias e vírus presentes no nosso corpo. Produzidos em excesso, danificam as células saudáveis e aumentam o risco para o desenvolvimento de doenças crônicas, como arterosclerose, hipertensão, diabetes, doença cardiovascular, catarata, mal de Alzheimer, câncer, desordens neurológicas (ex: Mal de Parkinson), artrite e envelhecimento precoce.

Antioxidantes como medicamentos

Antioxidantes são moléculas com carga positiva, que doam elétrons para os radicais livres, tornando-os inofensivos. “No organismo existem os doadores de elétrons naturais, as glutationas. No entanto, em algumas situações de estresse oxidativo pode existir um desequilíbrio entre radical livre e antioxidante, neste caso, os antioxidantes provenientes da dieta (vitaminas, minerais, flavonóides) serão necessários para evitar que os RL causem danos, roubando elétrons de membranas celulares, proteínas e ácidos nucléicos, alterando a função celular”, explica a nutricionista Luciana Yuki Tomita.

A humanidade apresenta enorme diversidade genética e, portanto, é grande a variação dos seus parâmetros bioquímicos e metabólicos. Na população, teremos do lado esquerdo (10%) da curva de Gauss - famosa curva em forma de sino com abertura para baixo, que demonstra a distribuição normal de eventos –, pessoas com sistema endógeno de defesa antioxidante não muito eficaz (apresentam elevados níveis de radicais livres) e do lado direito (10%) da curva, pessoas com sistema endógeno de defesa antioxidante muito eficaz (apresentam baixo nível de radicais livres).

Entre os dois extremos (80%) teremos as pessoas com níveis intermediários de eficácia do sistema endógeno de defesa e também com níveis intermediários de geração de radicais livres.

Artigo do fisiologista José de Felippe Júnior, presidente da Associação Brasileira de Medicina Complementar, afirma que “o emprego de antioxidantes como medicamento diminui o risco de câncer naquela parte da população que está do lado esquerdo da curva de Gauss (10%) ou na fase intermediária (80%). Nas pessoas com bom sistema de defesa anti-radical livre a administração de antioxidantes aumentará o risco de câncer”.

De acordo com José de Felippe Júnior, no paciente com câncer instalado e em evolução, os antioxidantes como medicamentos são prejudiciais, porque vão diminuir a apoptose (mecanismo que elimina células pré-cancerosas, células cancerosas, células infectadas por vírus e todo tipo de células lesadas ou alteradas), aumentar a proliferação celular maligna e diminuir a eficácia da quimioterapia. “Muitos médicos, na tentativa de amenizar os efeitos colaterais da quimioterapia, prescrevem antioxidantes. Querem ajudar e acabam por dificultar o tratamento do câncer”, afirma o fisiologista.

Alimentação “colorida” no combate ao câncer

Em estudo conduzido por Tomita e col. (2007), em mulheres atendidas em dois hospitais públicos da cidade de São Paulo, observou-se que aquelas que consumiam maior quantidade de folhas de cor verde-escura, legumes e frutas de cor laranja e amarelo escura, fontes de beta-caroteno e vitamina C, apresentaram menor chance de desenvolver lesão pré-cancerosa, a neoplasia intraepitelial cervical de grau 3 (NIC3). “A proteção para esta também foi encontrada em mulheres que apresentaram concentrações maiores de licopeno no sangue.

Estes resultados confirmam estudos internacionais conduzidos em países desenvolvidos. É provável que uma alimentação rica em antioxidantes melhore a resposta imunológica, evitando o aparecimento de lesões no colo uterino e a sua evolução até o câncer”, confirma Tomita.

O efeito dos radicais livres nas células imunológicas é prejudicial para a sua função, pois a membrana destas células é rica em ácidos graxos poliinsaturados, que podem ser oxidados por estes radicais.

Com a oxidação, a membrana perde a sua integridade, tem a sua fluidez e a distribuição dos receptores da superfície celular prejudicada, comprometendo a resposta imunológica (CALDER e GRIMBLE, 2002). Com uma alimentação rica em antioxidante o equilíbrio entre radical livre/antioxidante será mantido.

De acordo com Tomita, os alimentos que têm maior poder antioxidante são: vitamina E (encontrados em óleos vegetais, principalmente canela e girassol, germe de trigo, castanha-do-pará); beta-caroteno (cenoura, mamão, abóbora, batata doce, manga, laranja, couve, brócolis, espinafre, agrião, rúcula); licopeno (tomate, molho de tomate, melancia, goiaba); vitamina C (laranja, acerola, limão, mamão, frutas cítricas, kiwi); o mineral selênio (castanha-do-pará, cereais integrais) e o flavonóide quercetina (maçã, chá verde, alho, vinho tinto, frutas cítricas, folhas verde escuras).

Luzidalva Medeiros confirma esta afirmação. “Mulheres que consomem mais folhas verde-escuras (como agrião, espinafre e couve), vegetais (como pimentão e brócolis), além de frutas de cor laranja ou amarela (entre as quais mamão, manga, laranja e acerola), têm menor risco de desenvolver o NIC3 – forma mais severa da lesão pré-câncer”, diz Luzidalva.

Assim como os alimentos, medicamentos também são capazes de prevenir processos oxidativos celulares provocados pelo acúmulo de radicais livres. O Hinox Polivitamínico e Poliminerais, do Laboratório Farmacêutico Hebron, possui, em sua composição, vitaminas A, C e E, antioxidantes, betacaroteno, minerais, zinco, selênio, cobre e magnésio.

Sua composição ajuda na prevenção da arteriosclerose, hipertensão arterial, artrite, catarata, degeneração muscular e neoplasias.

Exercícios físicos produzem radicais livres

O médico americano Kenneth Cooper, criador do teste de Cooper, descreve em seu livro “Revolução Antioxidante” (Editora Record, 1994), duas maneiras pelas quais os radicais livres são produzidos durante exercícios físicos: a primeira está ligada aos exercícios exaustivos, como há um aumento de 10 a 20 vezes no consumo de oxigênio no corpo, ocorre a liberação de radicais livres.

A segunda está ligada ao processo conhecido como isquemia-reperfusão. Quando se pratica exercícios físicos intensos, o fluxo sangüíneo é desviado dos órgãos indiretamente envolvidos para os músculos em atividade.

Assim, parte do corpo irá passar por uma deficiência de oxigênio. Ao término, há reperfusão, quando o sangue retorna aos órgãos. Este processo foi associado à liberação de grandes quantidades de radicais livres.

Partindo desta afirmação, poderia se concluir que atletas sofreriam mais a ação dos radicais livres. Mas não é bem assim. A ação dos radicais livres aumenta apenas temporariamente, voltando depois ao nível normal.

Outro ponto importante é que em pessoas bem treinadas o aumento da ação dos radicais livres devido ao exercício é bem menor. Atividade física regular aumenta os níveis de enzimas que destroem os radicais livres. Para evitar problemas, Cooper recomenda praticar os exercícios entre 65-80% da freqüência cardíaca máxima.

Com o passar dos anos, os radicais livres atacam cada vez mais as células do organismo, e os cuidados se tornam ainda mais necessários. Alimentos que contêm propriedades antioxidantes, como o beta-caroteno e as vitaminas C e E, e exercícios moderados podem retardar esse processo. Logo, atenção na hora de comer, se exercitar e cuidar do corpo. Às vezes o perigo está bem próximo, mas não conseguimos enxergar


Referência Bibliográfica
Tomita LY. Consumo alimentar e concentrações séricas de micronutrientes: associação com lesões neoplásicas de colo uterino.
[Tese de doutorado apresentada ao Programa de Pós-graduação em Saúde Pública da Universidade de São Paulo]. 2007. Disponível no site http://pandora.cisc.usp.br/teses/disponiveis/6/6133/tde-20122007-160208/publico/TESEeletronicaTomitaLY.pdf