(OK ! VOCÊ ME CURA !)
Testes provaram que os placebos realmente inibem os sinais da dor - e mostram a importância do fator psicológico no processamento dessa sensação em seus estágios iniciais no sistema nervoso.
Os placebos são utilizados em diversas pesquisas como forma de controle.
Ao testar uma nova droga, cientistas separam uma amostra de voluntários que acreditam receber um medicamento de verdade, mas ganham uma versão ineficaz, sem efeito algum.
Isso é feito para controlar se os resultados observados são realmente devido ao princípio ativo do medicamento ou se podem ser simplesmente causados pela crença do paciente na veracidade do tratamento – seja ele a cura de alguma enfermidade ou de dores crônicas.
Os efeitos do placebo são conhecidos, mas até pouco tempo acreditava-se que ele era simplesmente psicológico: o paciente acreditava que estava sendo medicado e não sentia mais a manifestação física da sensação.
Mas pesquisadores do University Medical Centre, em Hamburgo, queriam testar se os efeitos iam além: será que o placebo realmente influenciaria a dor física? O objetivo era descobrir se os analgésicos de placebo resultam em diminuição dos sinais da dor na espinha dorsal.
Eles usaram calor para causar dor em braços de voluntários, dizendo a alguns deles que haviam recebido um medicamento anti-dor. Em seguida, utilizaram ressonância magnética para avaliar a espinha dorsal de todos: daqueles que acreditavam ter usado o medicamento (um placebo) e daqueles que não receberam nada.
O resultado?
Os receptores de dor eram menos ativos naqueles que achavam que tinham tomado o medicamento, provando que não só as pessoas acreditavam como fisicamente estavam sentindo menos dor.
O estudo, publicado na Science, mostra como os placebos são um ótimo exemplo do impacto de fatores psicológicos em receptores de dor. As descobertas podem auxiliar futuros tratamentos de dor crônica, uma vez que a redução da dor não foi apenas fruto da imaginação.
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