quinta-feira, 20 de outubro de 2011

EPIGENÉTICA - "SOMENTE 15% DOS CÂNCERES SÃO HERANÇA GENÉTICA"


(Ambiente, hábitos e estilo de vida contam mais)


Publicada no periódico americano The New England Journal of Medicine, a pesquisa analisou os dados genéticos dos pais biológicos de mais de mil crianças adotadas e constatou: ter herdado os genes de pai ou mãe natural mortos de câncer antes dos 50 anos não influencia tanto o risco de desenvolver o mal.
Na verdade, os cientistas têm demonstrado que essa possibilidade é de 15%. Por outro lado, a morte de um pai adotivo (que transfere seu estilo de vida, mas não os genes) em razão de um tumor multiplica por cinco a probabilidade de o filho sucumbir ao mesmo problema, escreve o autor.
Assim sendo, também baseado em evidências científicas, Servan-Schreiber descreve em seu livro estratégias para tentar prevenir tumores ou, no caso de quem já enfrentou um, para evitar uma recaída. 
Elas vão de ajustes na dieta, com ênfase no consumo de substâncias que afastam o mal, até o papel das emoções tudo para reforçar nossas defesas naturais contra a doença.
A maioria dos oncologistas está de acordo que, sim, os hábitos, principalmente o tabagismo, têm um grande peso na conflagração da enfermidade.
Mais de 90% dos casos de câncer de pulmão estão relacionados com o cigarro, revela o oncologista Luiz Augusto Maltoni Júnior, coordenador de assistência do Instituto Nacional de Câncer
A ingestão de carnes processadas, como salame e mortadela, também representa um perigo para o intestino. Se o consumo for diário, e dependendo de sua proporção no cardápio, aumenta-se de 30 a 40 vezes o risco de tumores nesse órgão, diz Benedito Mauro Rossi. O motivo: conservantes como os nitritos, presentes nesses alimentos, agridem as mucosas intestinais.
Exagerar nas porções de gordura também não é nada bom. Isso porque o intestino passa a trabalhar mais lentamente, o que facilita a absorção de substâncias cancerígenas, explica o oncologista clínico Francisco Miguel Correa, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo.
 Além disso, quando esse órgão não trabalha direito, as fezes ficam em maior contato com suas paredes, outro fator que ajudaria a disparar a doença nesse órgão.
Já virou lugar-comum, mas a obesidade, fator de risco para um sem-número de problemas, também elevaria o risco de câncer.
Quem tem muitos quilos a mais costuma desenvolver resistência à insulina. Quer dizer, grande quantidade desse hormônio fica circulando sem conseguir realizar sua função primordial, que é botar o açúcar para dentro das células.
Em excesso e mal utilizada, a insulina favorece o crescimento celular em geral, revela Benedito Mauro Rossi.

(FONTE : REVISTA SAÚDE ABRIL)

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