(PROSTITUTAS EM SERVIÇO)
O setor agrícola brasileiro comprou, no ano de 2012, 823.226 toneladas de agrotóxicos, sendo que muitos deles são PROÍBIDOS em outros países.
De 2000 a 2012, o aumento em toneladas compradas foi 162,32%.
Os dados estão no Dossiê Abrasco - Um Alerta sobre os Impactos dos Agrotóxicos na Saúde, elaborado pela Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), em evento na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).
"Desde 2009 o Brasil assumiu a posição de primeiro consumidor mundial de agrotóxico. O consumo daria 5,5 quilos por brasileiro por ano", disse o diretor da Associação Brasileira de Agroecologia (ABA), Paulo Petersen.
Monocultura e transgênicos
Petersen explica que esse aumento está diretamente relacionado à expansão da monocultura e dos transgênicos.
"Ao contrário do que vinha sendo propagandadeado quando [os transgênicos] foram lançados, que permitiriam que o uso de agrotóxico diminuísse, porque seriam resistentes às pragas, o que se verificou foi o oposto. Não só está usando mais, como está usando agrotóxicos mais poderosos, mais fortes. Nós fomos levados a importar em regime de urgência determinados agrotóxicos que sequer eram permitidos no Brasil para combater pragas na soja e no algodão transgênicos, que foram atacados por lagartas," explicou Petersen.
Segundo ele, 22 dos 50 princípios ativos mais empregados em agrotóxicos no Brasil estão banidos em outros países, além de haver uso além da necessidade técnica e métodos menos tóxicos e eficientes para o controle de pragas. "Estamos em uma situação de total descontrole, o Estado não cumpre o processo de fiscalização como deveria e a legislação para o uso de agrotóxicos também não é cumprida," disse.
Pronara
O Brasil registrou, entre 2007 e 2014, 34.147 casos de intoxicação por agrotóxico, de acordo com o presidente da ABA. Entre os problemas causados por esse tipo de intoxicação estão mal formação de feto, câncer, disfunção fisiológica, problemas cardíacos e neuronais.
Desde a primeira edição, o debate sobre a questão foi ampliado na sociedade civil e também no governo e levou à criação do Programa Nacional de Redução de Agrotóxicos (Pronara), cuja minuta está pronta mas ainda aguarda lançamento oficial pelo governo.
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