A realidade supera as mais criativas formas de ficção. Nenhum vilão criado até hoje pela indústria cinematográfica pode superar as maldades cotidianas cometidas por pessoas que podem estar muito próximas a nós.
Por entendermos que a essência do Homem é boa, distraímo-nos acreditando que todas as pessoas agem baseadas na bondade. Não é sempre assim.
É fato que existem mentes perigosas, dispostas a destruir pelo prazer de destruir; ardilosas, inteligentes e completamente desvinculadas da lógica, da racionalidade, da moral e da ética.
Essas pessoas estão conosco nas ruas, no trabalho, na escola, no lar e no encontro casual em um shopping center. Elas procuram “vítimas” e, frequentemente, as encontram entre as pessoas mais frágeis, bondosas e afetivas.
Elas têm predileção por pessoas que demonstram lacunas emocionais doloridas - pessoas fragilizadas que acreditam em tudo o que possa parecer uma possibilidade de curá-las dessas dores.
Na Era Cristã, já se falava daqueles que devoravam a casa das viúvas, aproveitando-se de sua solidão e carência. As coisas não mudaram, apenas sofisticaram.
Sim, há pessoas destituídas de sentimentos de compaixão, amor e empatia. E elas, por aparente ironia, são as que mais acusam as outras pessoas de serem assim. O disfarce perfeito: a mãe que não age como mãe, mas finge preocupar-se ilimitadamente com os filhos; o pai que não age como pai, não protege, não provê, não se envolve, mas chora de saudade dos filhos para os quais nunca liga ou visita; a irmã invejosa da beleza da mais nova que chantageia a mãe para tornar a outra “borralheira”; a classe política é o supra sumo deste mal; o professor egocentrico que não aceita alunos participativos ou o "amigo" que sorri pela frente e escarneia pelas costas..
Há milhares de pessoas que espancam com as mãos, outras com palavras, chefes tiranos, negociantes gananciosos e uma categoria sem fim de vilões cotidianos com os quais cruzamos nas esquinas de nossas vidas. Isso quando não passamos a dividi-las com eles.
O fato é que podemos estar tomando café da manhã com o inimigo, dormindo com a inimiga, trabalhando lado a lado com o traidor e até mesmo, nos tornarmos vilões de nós mesmos - sabotando nossa própria felicidade e agindo com crueldade com relação a nossa própria vida.
Há muita maldade no mundo e a maldade é ausência de amor.
Todo aquele que não ama e não recebe amor corre grave perigo. Trate o mal com o bem, amando o próximo, especialmente o mais próximo, mas cuidado para não levar o inimigo para dentro de casa e de não confundir inimigos com amigos.
A patologia da maldade é perigosa, desestruturante e de consequências imprevisíveis. Se fizéssemos uma pesquisa nos manicômios sobre as origens que conduziram pessoas antes consideradas normais até aquele estado encontraríamos o egoísmo, a vaidade, o orgulho e o prazer em provocar deliberadamente a dor, na base da imensa maioria dos fenômenos a que convencionamos chamar loucura. Ali vivem reflexos vivos de vidas movidas pela inveja e maldade deliberdas e gratuítas !
Todo vilão é um “louco” em potencial, com incrível capacidade de tornar-se um “louco” realizado!
Não desacredite da humanidade, tampouco ande por aí de maneira desavisada convidando vilões para jantar. Na vida real, a despeito da novela, poderá não haver ninguém da produção para salvá-lo das consequências, nenhum diretor para dizer: - “Corta!”
Vilões de verdade não param, não desistem e não obedecem a direção alguma. Estão doentes, precisam de ajuda. Se quiser ajudá-los, não se torne uma vítima, vítimas nem sempre têm uma segunda chance! Mesmo que seja para ajudar...
Os bons sofrem demais porque esquecem que também é bondade denunciar e não aceitar a maldade. Ser conivente com a vilania é uma maneira de se aproximar da aquisição de seus hábitos. Saia desse âmbito de ação.
Neutralize as possibilidades de que apliquem vilania à sua vida.
Se você consentir ser prisioneiro ou refém de algo ou alguém, não faltarão candidatos à vaga de vilões e sequestradores do seu destino.
A realidade supera, em muito, à ficção. Fique alerta, troque de canal, vire a página, abandone a história, esqueça a personagem...
(Fonte : http://www2.uol.com.br/vyaestelar/atitudes_maldade.htm )
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