(EXERCÍCIOS MENTAIS AJUDAM A POTENCIALIZAR A MEMÓRIA)
À medida que envelhecemos, as nossas capacidades mentais se deterioram. Mas, apesar da nossa capacidade de processar e armazenar informações diminuírem, pesquisas recentes mostram que isso pode ser revertido.
Segundo cientistas americanos, há algumas áreas do cérebro que as pessoas mais idosas não conseguem usar, mas alguns exercícios mentais simples poderiam reverter essa situação.
A perda da habilidade mental é causada pela redução do funcionamento do córtex frontal, que é a região do cérebro responsável pelas capacidades intelectuais mais complicadas. Segundo o cientista Randy Bunker, em entrevista à revista Neutron, as pessoas idosas apresentam um grau menor de dificuldades vividas por pessoas que sofreram danos nessa região cerebral.
O pesquisador desenvolveu um teste em que pessoas de 20 a 80 anos deveriam decorar uma série de palavras. Durante o teste, os cérebros dessas pessoas foi mapeado por ressonância magnética e foi demonstrado que os idosos não utilizam as áreas críticas frontais tanto quanto jovens adultos.
Para reverter essa situação, os cientistas pediram aos idosos que associassem as palavras e as classificassem em concretas ou abstratas. Ao fazer isso, os mais velhos apresentaram uma crescente atividade nas regiões frontais, alem de uma melhora na capacidade de memorizar coisas. Isso foi muito promissor, pois, segundo Bunker, essa parte do cérebro podia se atrofiar ou sofrer deterioração celular, tornando-se inacessível para esses indivíduos, o que não acontece de fato.
Agora, os pesquisadores procuram desenvolver qual o tipo de treinamento seria mais efetivo. O objetivo é elaborar simples métodos para evitar a perda de memória e de outras habilidades cognitivas.
Dicas para estimular a memória:
Atividade diária: Praticar jogos de xadrez, palavras cruzadas, exercícios simples como recordar fatos do dia-a-dia (o que comeu no almoço, o que leu no jornal do dia, o que ocorreu no último capítulo da novela, etc.)
Aprender novas habilidades: computador, pintura, música, etc.
Cultivar a atenção: Ater-se aos fatos mais importantes dos que ocorreram durante o dia e procurar guardá-los; exercitar-se com objetos simples mantendo a concentração.
(pegue um relógio, por exemplo, e procure concentrar-se no mesmo, observando suas características, etc);
exercitar-se com um texto e procurar refletir somente sobre o mesmo (um poema, um salmo, etc).
Exercícios mentais: Associar fatos a imagens e procurar guardá-los na memória. Imaginar um alimento suculento e imaginar todas as suas características a ponto de sentir prazer.
Alimentação: A boa alimentação é fundamental para a conservação da memória. Deve-se evitar excessos (de álcool, de açúcar, de gorduras, de industrializados). Jejuns prolongados fazem com que o cérebro fique sem glicose, e não funcione corretamente.
Uma boa alimentação para a memória é bem balanceada entre proteínas, gorduras e açúcar, sendo rica em vitaminas. A tiamina, o ácido fólico e a vitamina B12 são importantes para o metabolismo dos neurotransmissores envolvidos no processo da memória, devendo ser utilizados de preferência produtos naturais.
Os estudos já comprovaram também que a falta de ácidos graxos essenciais como o Ômega 3 afeta diretamente a memória e concentração, por isso o consumo de peixes de água fria como o salmão e atum e sementes como a linhaça, são bem vindos.
A água é muito importante, devendo se ter cuidado em manter-se a hidratação.
Psiquismo: Estar relaxado e emocionalmente bem, é fundamental para manter uma boa atenção de conservar a memória. A tensão e a ansiedade prejudicam a memória. A depressão dificulta muito o processo de memorização.
Atividade física: Os exercícios feitos regularmente trazem benefícios importantes para o processo de memorização. Uma simples caminhada diária é o suficiente.
Sono: O repouso cerebral é muito importante para se ter uma boa memória. Quem sofre de insônia tem sua memória prejudicada.
(Fonte : Dra. Fernanda Scheer
Nutricionista Funcional
CRN 181/07-S)
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