domingo, 23 de janeiro de 2011

"FILOSOFIA - A MÚSICA DAS ESFERAS DO UNIVERSO"

(A ordenação, rotação e movimento dos planetas do Universo produzem música)


Poucos filósofos, e muito menos ainda cientistas, souberam adaptar elementos sensíveis às suas teorias com tanto acerto como Pitágoras(570 - 496 A.C). Ele exerceu extraordinária influência na formação de dois sábios gregos: Sócrates e Platão.

Éra um gênio !

A famosa teoria pitagórica da harmonia das esferas era muito mais profunda do que a mera conjectura da consonância das notas que os astros produzem nos seus movimentos regulares.

A música era para os pitagóricos um símbolo da harmonia do cosmos e, simultaneamente, um meio de alcançar o equilíbrio interno do espírito do homem.

Para Pitágoras, o universo é um cosmos, um todo ordenado e harmoniosamente conjunto. O destino do homem consiste em considerar-se a si mesmo como uma peça desse cosmos, descobrir o lugar próprio que lhe está designado e manter em si, e à sua volta, a harmonia que lhe é devida de acordo com a ordem natural das coisas.

A música era o método de elevação e purificação da alma e, ao mesmo tempo, um objeto de contemplação intelectual que revelava, com as suas congruências expressáveis mediante relações numéricas, a harmonia mais profunda do cosmos.

Entre os desenvolvimentos que se seguem da teoria da harmonia dos pitagóricos pode destacar-se a explicação - assombrosamente acertada - da natureza do som como uma sucessão de percursões no ar, fazendo depender o tom do número de percursões que se produzem por unidade de tempo, ou seja, da frequência. Assim se explica de um modo natural e exato a produção dos sons fisiológica e psicologicamente agradáveis, ou seja, consonantes, em cordas cujas longitudes se comportam como os números.

Servindo-se de instrumentos de cordas, descobriu a relação existente entre as frequências das vibrações e a altura do som. De acordo com a teoria de Pitágoras, todo o Universo é composto de harmonia.

Tanto a alma microcósmica como o Universo macrocósmico teriam sido unidos segundo as relações de proporcionalidade ideais, que se exprimem numa gama de tons.

A altura das notas de cada planeta na escala de tons celestial regular-se-ia pela velocidade da sua rotação, estando as distâncias entre eles relacionadas com os intervalos musicais. Tempos depois Kepler veio tornar o sistema mais complexo, na medida em que atribuiu a cada planeta uma completa gama de tons.

Segundo ele os tons da terra são Mi Fa Mi.

Segundo Pitágoras havia uma consonância das notas que os astros produziriam em seus movimentos regulares. O cosmos todo executaria uma música universal – a música das esferas.

Ele percebeu que os sons musicais harmoniosos são emitidos por uma corda vibrante cujo comprimento é dividido segundo proporções simples, ou seja, existe uma relação entre sons harmoniosos e números inteiros.

Reduzindo-se o comprimento da corda de um violão à metade, esta passa a emitir um som uma oitava acima, isto é, com o dobro da freqüência. Dessa forma, para Pitágoras, relações desse tipo indicavam que “todas as coisas eram números inteiros”.

A procura pela harmonia cósmica pode ser entendida, nos dias de hoje, como a busca por leis físicas fundamentais que, em princípio, descrevam todos os fenômenos da natureza.

Conhecemos atualmente quatro forças fundamentais: gravitacional, eletromagnética, nuclear forte e nuclear fraca. Todas essas forças moldam o nosso universo..e a música tambem !

Porque então não ouvimos esta harmonia perfeita emitida o tempo todo pelas rotações e movimentos planetários, já que somos parte desta partitura cósmica ? Perguntemos aos nossos corações..e ele responderá com coragem : ainda somos dissonância !

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