Com Jung assistimos a uma verdadeira revolução psicanalítica, cujas consequências se começam a fazer sentir em diferentes ramos da Ciência.
O Mestre Suíço realizou uma inversão total dos valores.
Para Freud, o Inconsciente era formado pelos resíduos vitais que a consciência repelira, ou por serem imorais ou monstruosos, ou por não serem conformes às normas da sociedade.
Para Jung, o Inconsciente é um oceano de conhecimentos que paira nas nossas consciências e onde o Eu vai à pesca, para recolher os materiais psíquicos, necessários à constituição de reservas de energias psíquicas ( anímicas, espirituais ).
Este conceito de Inconsciente Coletivo, como sendo um Oceano de energias psíquicas, está muito próximo daquilo a que os hermetistas chamam a Região dos Arquétipos, onde vivem as ideias da Vida e das Formas.
Na obra de Jung encontramos a fusão da Ciência e da Espiritualidade.
E daí resulta que, quando a Ciência e a Espiritualidade se unem, a Arte aparece por acréscimo porque a Ciência deixa de ser a mera análise de uma série de dados para se elevar, com as asas da imaginação e da intuição, até aos vastos espaços da Arte e da Poesia.
Jung compreendeu a alma humana, não por iluminação ou por revelação, mas simplesmente seguindo o caminho científico.
Perto do fim da vida, Jung tornou-se um grande hermetista e podemos dizer que, graças a ele, no ramo científico que é o seu, a Ciência e a Religião estão unidas (entendendo-se por Religião não a prática de cultos exteriores, mas o saber esotérico, interior).
Num futuro próximo, outros ramos dispersos da Ciência nomeadamente a Física, tomarão lugar nesse Grande Tronco Comum da Arte, da Ciência e da Espiritualidade."
(Haziel in "O Grande Livro dos Sonhos")
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