A melatonina apresenta efeito antioxidante que já foi descrito em vários estudos. Não só ela, mas vários de seus metabólitos podem detoxificar os radicais livres e seus derivados. Devido à capacidade antioxidante da melatonina, ela pode constituir remédio efetivo para reduzir o envelhecimento, prolongar a vida e conter desordens relacionadas à idade. Alguns benefícios da propriedade antioxidante da melatonina foram observados no tratamento da artrite reumatoide, de mulheres com infertilidade, pacientes idosos com hipertensão arterial primária, doenças neurodegenerativas, e na redução dos níveis de colesterol.
Outro papel da melatonina é sua ação imunomoduladora, já observada em vários estudos. Guerrero e Reiter sugeriram que as propriedades imunomoduladoras são mediadas via receptores nucleares e de membrana. Também foi demonstrada a atuação da melatonina na ativação de linfócitos B e T, células Natural Killer (NK), monócitos e citocinas.
Sendo assim, estudos em ratos foram capazes de demonstrar que injeções de melatonina recuperaram a função imune em ratos idosos ou imunossuprimidos, além de antagonizar efeitos de imunossupressão gerados por estresse. Os efeitos imunomoduladores da melatonina também foram observados em pacientes com asma e na artrite reumatoide tanto profilática como terapêutica, inibindo a resposta inflamatória.
Sendo assim, os efeitos da melatonina no sistema imune são complexos, às vezes contraditórios, e dependem de vários fatores, como, por exemplo, a dose estipulada, o sistema imune do paciente, o ritmo circadiano da imunidade, o estado da glândula pineal.
Existem algumas evidências de que a melatonina esteja envolvida na prevenção do surgimento, promoção e progressão tumoral. O aumento da incidência de câncer de mama, endometrial e colorretal notado em enfermeiras e outros trabalhadores noturnos sugerem a possibilidade de existir ligação entre a diminuição de secreção de melatonina e maior exposição à luz no período noturno. Ansimov e colaboradores demonstraram que o tratamento constante com melatonina em ratos diminuiu a incidência e o tamanho dos tumores de mama, assim como a incidência de metástase pulmonar.
Nos pacientes com câncer de próstata os níveis de melatonina estão reduzidos em dois terços em comparação aos de pacientes com doença prostática benigna. Estudos relatam, contudo, que algumas questões ainda precisam ser esclarecidas sobre os efeitos da melatonina no câncer, sendo necessária a realização de ensaios clínicos antes de esse hormônio ser aceito como droga anticancerígena.
Sabe-se que distúrbios do sono ocorrem com o envelhecimento. A melatonina, por ter efeito na regulação circadiana, possui relação com a manutenção do sono; dessa forma, muitos estudos demonstraram diminuição dos níveis de melatonina em idosos com insônia.
Além desses efeitos, a melatonina possui atividade anticonvulsivante e parece estar envolvida na modulação de funções cerebrais. Pacientes com doença de Alzheimer apresentam redução nos níveis de melatonina,e esse hormônio demonstrou benefícios cognitivos nesses pacientes.
Diante desses fatos, a melatonina apresenta a fama de ser droga milagrosa, e grande número de pessoas idosas e de meia idade dela tem feito uso diariamente. Apesar da existência de muitas teorias relacionando melatonina ao envelhecimento, entretanto, seu papel nesse processo ainda não está claro.
De forma resumida, as razões pelas quais a melatonina poderia participar no envelhecimento seriam as seguintes: diminuição da produção durante a vida, potente ação antioxidante, redução da eficácia do sono associada à diminuição de sua produção, deterioração do ritmo circadiano com o passar da idade e propriedades imunomoduladoras.
FONTES : NET
OI GALLI...
ResponderExcluirA MELATONINA DESCALCIFICA A GRANDULA PINEAL?....
SE NÃO....O Q VC INDICA?....
ELIANE
SOU GRATA