domingo, 16 de maio de 2010

"O CORPO HUMANO - O CORAÇÃO"


O coração é um órgão vital do corpo humano, muscular, que bombeia o sangue permitindo a sua circulação pelo resto do corpo, através das veias e das artérias.

É um órgão muscular, de forma cónica ou de pirâmide triangular, castanho-avermelhado, com cavidades, protegido e envolvido pelo pericárdio - está dividido em duas partes por um septo estanque. Cada uma das partes é constituída por uma aurícula e um ventrículo. Na metade direita circula sangue venoso e na metade esquerda sangue arterial. As aurículas comunicam com os ventrículos por meio de válvulas: aurículo-ventricular, mitral ou bicúspide do lado esquerdo e tricúspide do lado direito. Ao coração estão ligadas as artérias e as veias.

O SISTEMA CARDIORRESPIRATÓRIO

O sistema circulatório e o sistema respiratório estão intimamente ligados, uma vez que é o sangue que transporta o oxigénio a todas as partes do corpo humano onde ele é necessário.

O sistema circulatório é constituído por um órgão impulsionador - coração - e por vasos sanguíneos que transportam o sangue.

Os vasos sanguíneos estão distribuídos de tal modo que, continuamente, levam o sangue do coração aos tecidos, voltando, em seguida, ao coração. Há três tipos de vasos - artérias e arteríolas - que levam o sangue para fora do coração; - capilares - que trocam materiais com os tecidos; - vénulas e veias - que trazem o sangue de volta ao coração.

O coração é um órgão musculoso com o tamanho aproximado de uma mão fechada. Está localizado entre os pulmões e tem a parte inferior virada para a esquerda. A maior parte do coração é constituída por tecido muscular cardíaco - miocárdio. Externamente o coração está revestido por uma membrana - pericárdio - composta por uma fina camada de células, a qual forma um saco que contém uma pequena quantidade de líquido cuja finalidade é a lubrificação do próprio coração. Internamente o coração está separado, pelo septo, em duas partes - esquerda e direita -, contendo, cada parte, duas cavidades; uma superior – a aurícula - e uma inferior - o ventrículo.

Para bombear todo o sangue necessário à circulação sanguínea, os músculos cardíacos têm de se contrair - sístole - e de se relaxar - diástole - ritmadamente. Estes batimentos do coração ocorrem, normalmente, 70 vezes por minuto.

O sistema cardiovascular inclui dois circuitos:

. o pulmonar, que se inicia no ventrículo direito e impulsiona o sangue venoso, para a artéria pulmonar, na direcção dos pulmões, local onde se dá a hematose. Depois, o sangue arterial regressa ao coração, pelas veias pulmonares, entrando pela aurícula esquerda.

. o sistémico, que se inicia no ventrículo esquerdo, impulsiona o sangue para a artéria aorta e, através de várias ramificações, conduz o sangue para todo o corpo. Depois, o sangue, vindo da veia cava superior, que recolhe o sangue da cabeça, dos braços e do peito, e da veia cava inferior, que recolhe o sangue do resto do corpo, entra no coração, através da aurícula direita.

As artérias coronárias, que irrigam o próprio músculo cardíaco, saem da artéria aorta e circundam a parte externa do coração, ramificando-se em arteríolas e estas, por sua vez, em capilares. Esta rede de capilares coronários junta-se dando origem a vénulas, as quais convergem, formando as veias cardíacas, que levam o sangue à aurícula direita.

A pressão arterial - pressão que o sangue exerce contra as paredes das artérias - num adulto apresenta, normalmente, valores de 120 mm Hg e de 80 mm Hg para a pressão sistólica e diastólica respectivamente.

A respiração é o conjunto das trocas gasosas que ocorrem entre o ar e o sangue (oxigénio por dióxido de carbono), ao nível dos pulmões. Esta dá-se porque as células necessitam de oxigénio para os processos de oxidação que nelas tem lugar. É através deste processo que as células conseguem a energia necessária para a manutenção da vida. O oxigénio é transportado pelas hemácias, que têm a propriedade de fixar o oxigénio, para próximo das células. Aí dá-se a troca gasosa ficando as células com oxigénio. O dióxido de carbono é transportado, pelo sangue, para os pulmões, local onde se dá nova troca gasosa, libertando-se, agora, o gás carbónico, e entrando, para a circulação sanguínea, o oxigénio.

A ventilação pulmonar é assegurada por fenómenos mecânicos. Os movimentos de contracção e expansão da caixa torácica provocam variações de pressão no interior dos pulmões, compensadas pela entrada de ar - inspiração - ou pela saída de ar - expiração. A inspiração é inteiramente activa, muscular, devida, essencialmente, ao diafragma e aos outros músculos inspiratórios, cuja contracção aumenta o volume da caixa torácica. Já a expiração, uma vez que é calma e passiva, é devida à elasticidade do tecido pulmonar e da parede torácica.

O sistema respiratório é constituído pela cavidade nasal que filtra, aquece e humedece o ar; pela nasofaringe, por onde o ar passa para a garganta; pela glote; pela laringe onde se dá a produção de sons; pela traqueia, pelos brônquios; pelos bronquíolos e pelos alvéolos, que são sacos aéreos onde se realizam as trocas gasosoas. Os alvéolos são constituídos por uma única camada de células, rodeada por uma rede de capilares. Já que nem a parede dos alvéolos nem a dos capilares oferece resistência à passagem de gases, estes difundem-se entre o ar alveolar e o sangue pulmonar. O ar atmosférico contém pouco dióxido de carbono mas o sangue está saturado deste gás, pelo que o dióxido de carbono se difunde do sangue para os alvéolos.

Por outro lado, o sangue que chega aos capilares pulmonares está desoxigenado e o ar alveolar está saturado de oxigénio, pelo que este gás se difunde para os capilares. A esta troca gasosa dá-se o nome de hematose pulmonar.

-fluxo sanguíneo a circular no sistema cardiorrespiratório.
O SANGUE

O sangue transporta todas as substâncias (nutrientes, oxigénio, etc.) e todas as excreções que as células produzem.

A função dos glóbulos é captar e transportar o oxigénio gasoso, que não se dissolve bem na água, para poder ser transportado pelo plasma. As hemácias possuem hemoglobina, uma proteína que se desenvolve em volta de um átomo de ferro. É o ferro da hemoglobina que se combina com o oxigénio. A hemoglobina é de cor vermelha brilhante quando combinada com o oxigénio e é escura quando não está combinada com ele.

As hemácias maduras não possuem núcleo, possibilitando assim mais espaço para a hemoglobina. Sem núcleo, as células não podem sintetizar proteínas e não podem ter uma vida longa. A vida útil de uma hemácia é de cerca de quatro meses. As hemácias são substituídas constantemente; são continuamente destruídas no fígado e no baço e formadas na medula vermelha dos ossos. Em cada segundo da nossa vida, aproximadamente 2,5 milhões de novas células são formadas e igual número é destruído.

Os glóbulos brancos ou leucócitos são em menor número que os glóbulos vermelhos, não representando mais que 0,1% do volume do sangue. Os leucócitos defendem o organismo contra microrganismos estranhos, destruindo ou englobando os seus corpos. Os leucócitos têm, também, uma função de engenharia sanitária, eliminando as células mortas e restos de tecidos que se podiam acumular e obstruir os vasos sanguíneos.

São conhecidos cinco tipos de leucócitos: os neutrófilos, eosinófilos e basófilos são caraterizados pelo seu citoplasma granuloso e protegem o organismo fagocitando as partículas e os micróbios estranhos; os monócitos são leucócitos não granulares que actuam nos locais onde ocorre inflamação por meios fagocitários; os linfócitos são os leucócitos não granulares e não fagocitários que estão na base do sistema imunitário (podendo o número e tipo de leucócitos no sangue dar indicações sobre o estado de saúde dos indivíduos). As plaquetas sanguíneas não representam mais que 0,01% do volume do sangue. O plasma contém predominantemente três proteínas plasmáticas: a albumina, que ajuda a manter as condições osmóticas, as globulinas, tais como as gama-globulinas que contribuem para a defesa imunológica, e o fibrinogénio, proteína necessária à coagulação do sangue. Sais, vitaminas, hormonas, gases dissolvidos, açúcares e outros nutrientes constituem cerca de 1% do volume do plasma.

O sistema cardiorrespiratório no corpo

Embora o coração possua seus próprios sistemas intrínsecos de controle e possa continuar a operar, sem quaisquer influências nervosas, a eficácia da ação cardíaca pode ser muito modificada pelos impulsos reguladores do sistema nervoso central. O sistema nervoso é conectado com o coração através de dois grupos diferentes de nervos, os sistemas parassimpático e simpático. A estimulação dos nervos parassimpáticos causa os seguintes efeitos sobre o coração: (1) diminuição da freqüência dos batimentos cardíacos; (2) diminuição da força de contração do músculo atrial; (3) diminuição na velocidade de condução dos impulsos através do nódulo AV (átrio-ventricular) , aumentando o período de retardo entre a contração atrial e a ventricular; e (4) diminuição do fluxo sangüíneo através dos vasos coronários que mantêm a nutrição do próprio músculo cardíaco.

Todos esses efeitos podem ser resumidos, dizendo-se que a estimulação parassimpática diminui todas as atividades do coração. Usualmente, a função cardíaca é reduzida pelo parassimpático durante o período de repouso, juntamente com o restante do corpo. Isso talvez ajude a preservar os recursos do coração; pois, durante os períodos de repouso, indubitavelmente há um menor desgaste do órgão.

Fonte : Net

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